Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, deste domingo (18), o Cade teria encontrado indícios de cartel em outras capitais brasileiras. Além de Cuiabá, o esquema pode ter ocorrido em Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com a matéria, o material dessas cidades foi obtido nas operações de busca e apreensão realizadas em julho em dez empresas acusadas pela multinacional alemã Siemens de participação num esquema criado para fraudar concorrências.
A empresa espanhola CAF, que está construindo os vagões para o VLT que irão operar em Cuiabá e Várzea Grande, é alvo de investigação pela suposta formação de cartel nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal.
A reportagem da Folha alega que o Cade recolheu documentos na CAF sobre o projeto do modal de transporte, que é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, por conta de denúncia de pagamento de propina a servidores públicos, entre outras alegações.
O Cade afirma que todas as documentações ainda estão sendo analisadas, mas diz que irá punir com rigor caso encontre "indícios de cartel em outras licitações, mercados ou localidades".
O Consórcio VLT Cuiabá é composto pelas empresas CAF, CR Almeida, Santa Bárbara Construções, Magna Engenharia e Astesp Engenharia, que venceu licitação para construção do modal com proposta de R$ 1,477 bilhão.
Outro Lado
A época em que foram veiculadas as primeiras noticias de que a CAF era alvo de investigação, o consórcio VLT-Cuibá alegou que as investigações não se referiam às obras para implantação do modal na Capital e Várzea Grande e por isso não iria se pronunciar.
Neste domingo (18), a reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do consórcio VLT Cuiabá, mas as ligações não foram atendidas.