A família era atendida pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Mirassol (SP), onde o rapaz, usuário de droga, vive como morador de rua. A mãe ligou então para o órgão na quarta-feira para comunicar a morte e pedir orientação. "Enviamos o pai (Adalto) e a mãe (Elza) para que fossem reconhecer o corpo em São José do Rio Preto. Eles foram lá e disseram que se tratava do filho deles", contou a coordenadora do Creas, Maria Estela Bernardes.
Em seguida, providenciaram o velório no cemitério municipal. Por volta das 11h de quinta-feira, um outro rapaz que morava com Everton foi até o Creas e levantou a suspeita, dizendo que o jovem estava vivo. "Diante disso, pedimos a um funcionário para fazer uma busca por Everton. Ao chegar ao local onde vivia, disseram que ele havia dormido lá, mas que não estava no momento. Entramos em contato então com a funerária e pedimos para adiar o enterro", disse Maria Estela.
Everton foi achado cerca de 30 minutos antes do horário previsto para o sepultamento do corpo. "Os técnicos (do Creas) levaram o filho nas imediações do cemitério municipal e falaram com a mãe. Quando foi confirmado o engano, os dois foram à delegacia para registrar ocorrência", explicou.
A coordenadora disse que os pais não tinham uma convivência diária com o filho. "Segundo a mãe, ela reconheceu o filho na emoção da notícia de sua morte", relatou. Além disso, como o corpo estava com a pele arroxeada, ela teria dito que isso dificultou o reconhecimento.
Em duas semanas, Everton deve ser internado em uma instituição para dependentes químicos. O Creas não soube informar a identificação da pessoa que morreu, mas disse que o corpo já foi reconhecido por outra família.
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