Diante da saída do comando da sigla em Mato Grosso, Henry afirmou que está abandonando o processo eleitoral, mas não a política. Durante o ato em que passou “o bastão” para Ezequiel, o ex-secretário de estado de Saúde rechaçou qualquer possibilidade de voltar a ocupar um cargo político e disse que, a partir de agora, auxiliará o partido com a experiência adquirida ao longo de seus mandatos como vereador, deputado estadual e federal.
Em entrevista coletiva concedida à imprensa na tarde desta segunda, Henry alegou que a decisão de deixar a presidência do PP é justamente pelo fato de que ele não irá mais disputar eleição.
“Nada mais justo que aqueles que colocam o nome à disputa façam uma gestão do processo político que vem a partir de agora. A escolha recaiu sobre deputado Ezequiel porque ele vai disputar a Câmara Federal e também para buscar manter essa representação que temos na região de Cáceres”, afirmou o progressista.
Veja os principais assuntos comentados pelo deputado durante a entrevista:
Mensalão – “Continuamos atuando dentro da direção do PP no Estado, mas não eleitoralmente. Mesmo que haja uma reversão do processo jurídico lá em Brasília, não vamos mais participar. Tenho cinco mandatos, acho que já fiz meu trabalho”.
“Já na eleição passada a gente teve uma dificuldade muito grande, houve um julgamento aqui no TRE tendencioso, que fez com que eu disputasse a eleição cassado e ainda assim o povo votou e quis que eu continuasse trabalhando. Isso tudo foi revertido no TSE, não tenho nenhum medo eleitoral, pelo contrário, o trabalho que a gente realizou nesses 20 anos na Câmara Federal me asseguram dizer que se eu estivesse à disposição de disputar nós teríamos uma relativa facilidade de conseguir”.
“Ainda tem muita água pra passar em baixo da ponte. Nós vamos ver o fechamento do julgamento e na hora que terminar iremos falar sobre assunto. Acho que qualquer coisa antes disso é especulação”
"Tenho convicção da minha inocência e vou brigar por ela até a 25ª hora. Não peguei dinheiro em banco, não saquei dinheiro em banco. Não fiz nada disso então vou lutar para provar minha inocência até o final"
OSS – “O modelo OSS é mais barato que a gestão direta, muito mais barato e a sociedade está recebendo muito mais do que recebia antes”.
“O projeto da OSS não é meu. O Silval avalizou durante a gestão dele, então o projeto é do governador, fui apenas quem implantou. Se vai continuar ou não é o governador que tem que dizer. Agora falando da região de Cáceres, eu não gostaria que a Associação Santa Catarina saísse de lá. Porque está muito melhor e a sociedade está muito satisfeita com o trabalho que está sendo feito lá. Se tem algum lugar que está ruim, que troque onde está ruim.”
“A informação que tenho do Metropolitano é que todos os pacientes estão satisfeitos da forma como está sendo feito lá. Existe um descontentamento de um segmento, que são trabalhadores da Saúde, que preferem o conforto do emprego público, da estabilidade de emprego e que está descomprometida com a produção ao invés de um contrato de trabalho que as pessoas têm que falar a quantidade de serviço que entrega para a sociedade”.
“Acho que o modelo OSS é eficaz, ele se traduz em serviços com mais qualidade e mais barato pro Governo”.
Farmácia Alto Custo – “Vocês (referindo-se a imprensa) estão dando uma importância danada para essa questão dos medicamentos vencidos, que me parece foram R$ 3 milhões. O cotrato com o Ipas prevê um percentual que pode prever isso”.
“Não estou querendo esconder nenhuma falha técnica, se tem alguma o responsável tem que pagar para isso. Se houve compra errada, a pessoa responsável tem que ser responsável. Agora esse volume não chega a ter significância. As pessoas podem até achar engraçado eu falar isso. O grande erro foi não ter dado vazão a esses medicamentos. Não podia deixar perder, mas não vejo isso como o mais grave do assunto”.
Mauri Rodrigues – Não estou aqui para fazer avaliação de ninguém, nem dar nota a ninguém. Quero torcer para que dê tudo certo. Eu como médico quero que a saúde seja boa para todo mundo, mas infelizmente não estamos tendo resposta”.
Disputa Governo – “Não tenho preferência acho que está muito cedo ainda para se discutir isso. Qualquer louco que se lançar prematuramente agora, não vai ter sustentação para se manter daqui até lá”.
“O PP nesse momento, a meu ver, apesar de não falar mais pelo partido, tem uma posição de muita liberdade. Participamos do Governo Silval, mas gradativamente fomos nos desvinculado disso”.
"Prefiro neste momento não aventar essa hipótese de o PP apoiar uma candidatura do Taques. Tenho diferenças pessoais com ele, tivemos alguns embates e preferiria não estar, mas se o partido decidir isso, não tenho nada com isso"