Na Copa das Confederações deste ano, a Fifa usou dois laboratórios para realizar os exames antidoping. O Ladetec analisou os exames de urina dos jogadores e o laboratório LAD, de Lausanne (Suíça), fez os testes de sangue. Antes da competição, todos os jogadores das oito equipes passaram por testes, com resultados negativos para dopagem. Durante a realização do torneio, somente um atleta do Taiti foi suspenso preventivamente por ter um exame que detectou uso de susbstância proibida, na partida do dia 23 de junho contra o Uruguai, em Recife (PE).
Por enquanto, porém, a Fifa diz que não tem um "plano B concreto" caso o descredenciamento do Ladetec seja mantido até a Copa do Mundo, mesmo tendo utilizado os serviços do laboratório suíço LAD na competição deste ano.
Entenda o caso
Esta não é a primeira vez que o Ladetec é suspenso pela Wada. Entre janeiro e outubro de 2012, o laboratório ficou impedido de fazer um exame específico, o IRMS (espectometria de razão de massa isotópica, sigla em inglês), que permite distinguir a testosterona natural da sintética, além de detectar alguns tipos de esteroides.
Na nota divulgada nesta sexta pela Wada, não fica claro o motivo da suspensão do credenciamento, apenas ressaltou que processo de monitoramento feito pela entidade dos laboratórios credenciados segue diversos requisitos que podem ou não levar ao descredenciamento do laboratório caso ele descumpra as regras.
O Ladetec funciona no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e se envolveu em duas polêmicas nos últimos dois anos por causa de erros em análises de resultados de atletas, como aconteceu com o jogador de vôlei de praia Pedro Solberg e da jogadora de vôlei Natália. Além da Copa do Mundo, o laboratório foi o escolhido para realizar os exames antidoping dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016.
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