As prisões foram efetuadas no momento em que os criminosos iriam efetuar o golpe. Investigações da Polícia Civil apontam que o crime é conhecido “D+0”. Os integrantes da quadrilha abrem uma conta no banco em nome de uma empresa fantasma, sendo posteriormente emitidos vários boletos para serem pagos pela firma. O valor de cada boleto não pode ultrapassar o valor de R$ 250 mil.
Os boletos são falsificados utilizando um programa de computador simples, que escaneia boletos originais, sendo trocados o nome e a conta do emissor do boleto. Para que o golpe dê certo é necessário que o gerente do banco faça parte da quadrilha, pois é ele quem vai liberar, através da senha o pagamento dos valores, mesmo que não tenha dinheiro na conta.
A diferença na conta só poderia ser verificada no momento da compensação, que acontece após o fechamento da agência bancária, porém essa hora, o dinheiro já teria sido depositado na conta do falso emissor do boleto e de lá transferido para outras contas. De acordo com o delegado da Derf-VG, Francisco Kunze Junior, o gerente do banco tentou impedir que o caixa trabalhasse no dia em que o golpe seria aplicado, para que ele pudesse assumir a função e efetuar o pagamento dos boletos imediatamente.
Entre os documentos apreendidos na operação estão folhas de cheque preenchidas e boletos falsos que demonstram que o prejuízo ao Banco seria de aproximadamente R$ 20 milhões.
Das pessoas presas, cinco vão responder também pelo crime de tentativa de estelionato.
Entre os cinco indiciados por tentativa de estelionato estão, Mateus Mendes Jonsson e Lacerlel Medeiros de Oliveira, conhecido “Careca”, apontados como os mentores da quadrilha e responsáveis por trazer o golpe para a cidade, o gerente do banco, Abel Doval Carames Junior e os acusados Rafael Viegas de Oliveira e Weindel Silva Rocha, conhecido como “Dinho”.
Outras pessoas contratadas para fazer o pagamento dos boletos também estão entre os integrantes da quadrilha, porém apesar de saberem que estavam fazendo algo errado, não tinham conhecimento de todo esquema e iriam receber uma pequena quantia em dinheiro para auxiliar na execução do golpe.
Os acusados Douglas da Silva Moreira, Washington Oliveira Santos, Wellison Henrique de Moraes, Cleiton César Ferreira de Arruda, Alison Cruz Akves Gontijo e Edmar Vieira Marques, responsáveis pelos pagamentos foram encaminhados a Derf-VG, onde foram ouvidos e liberados após o pagamento de fiança no valor de um salário mínimo. (informações assessoria)