Os detentos estavam na Cadeia de Cáceres e foram transferidos em maio para o município de Pontes Lacerda. Familiares relatam que ao menos dois presos tiveram costelas e dedos fraturados e cabeças raspadas.
Consta ainda na denúncia foi feita ao Jornal Expressão que durante o frio de menos de 10°C, registrado na cidade entre os dias 18 e 22 de julho, a direção da cadeia não teria permitido a entrada de toalha, cobertor, alimentação e produtos de higiene e limpeza.
Um detento foi ouvido pelo juiz da Vara de Execuções Penais de Cáceres, Jorge Alexandre Martins Ferreira. O magistrado diz que o preso confirmou as agressões, mas não apresentou provas.
Ao jornal de notícias local, o diretor da unidade prisional afirmou que as acusações são infundadas. “Essas mulheres estão armando esse circo todo porque querem que os presos voltem para Cáceres. Elas sabem que aqui, eles não poderão fugir. A cadeia é revestida com chapa de aço tanto nas paredes como no subsolo” afirmou.
O diretor ainda revelou que os detentos foram submetidos a exame de corpo de delito, mas nada ficou comprovado. Ele explicou ainda, que os reeducandos tiveram as cabeças raspadas, pois se trata de um procedimento adotado pela unidade, por conta do alto índice de caspa e piolho.
O juiz Jorge Ferreira foi quem determinou a transferência dos presos, devido a superlotação na Cadeia de Cáceres, que tem capacidade para 360 presos e estava abrigando 417. “Foram selecionados para transferência, os presos já condenados e de mau comportamento na unidade”, pontuou o magistrado lembrando que a transferência foi feita depois da descoberta de um túnel em uma das alas do chamado cadeião.
Ele assegurou, no entanto, que a denúncia será apurada e, caso confirmada, as medidas cabíveis serão tomadas. (informações Jornal Expressão)
