Os vídeos – sejam do YouTube, do PlayNow ou gravados com o aplicativo Estúdio de Filmes – são muito melhor apresentados e definidos no SP do que em vários (bons) televisores do mercado. A tela "reality display" mais uma vez aparece muito bem, com excelente qualidade em definição, cores, contrates.
Há, por trás dessa qualidade, o sistema Bravia Engine 2, que garante a renderização das imagens. Ao assistir a vídeos extremamente coloridos, o usuário tem uma sensação de imersão tão grande que, ao mover a cabeça freneticamente acompanhando as canções, até pode desencadear crises de labirintite. Em resumo: o Xperia SP é o Imax dos smartphones.
Claro que muitos usuários de smartphone não se preocupam em assistir a filmes no celular e não ligam para 4G. Mesmo nesse caso, o telefone pode agradar. Ele tem pouca memória RAM para sua categoria (1 GB), mas conta com processador dual-core de 1,7GHz, o que resolve as tarefas do dia a dia e até algo mais (retocar fotos ou gravar vídeos são ações resolvidas sem grandes problemas, engasgos ou panes). O SP tem ainda 8 GB de espaço interno.
O SP é embarcado com Android 4.1.2 (já poderia ser o 4.2) e, no quesito aplicativos, é completo até demais. Além da diversidade e de quase toda a família de produtos do Google, a Sony insiste em incluir seus apps (que poucas vezes são úteis e geralmente só poluem a interface do smartphone). O app de filmes padrão, por exemplo, não conversa com extensões populares de vídeos. O Walkman, de músicas, também peca nesse quesito.
Outros detalhes chamaram positivamente a atenção durante os testes. O SP não tem botões frontais: eles aparecem na tela quando os dedos (ou luvas, já que o touch tem suporte a esse tipo de peça) vão para a parte inferior da tela. Nas laterais, há botões físicos de volume, câmera e liga e desliga (neste, há a opção nativa de capturar a tela, quando pressionado por alguns segundos).
No smartphone, existe ainda um sistema de economia de bateria que permitiu seu uso por até quatro dias sem pedir recarga. Ainda nesse quesito, ele pede menos de 30 minutos para encher a bateria completamente. Por fim, mas não menos importante, ele conta com app de rádio FM (cada vez mais raro em celulares com versões recentes do Android).
UOL – Sérgio Vinícius