Segundo a DEA, houve um aumento de ações deste tipo, quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando haviam sido registradas 314 apreensões.
O uso e tráfico de drogas, além do porte ilegal de arma de fogo aparecem como os atos infracionais mais praticados por adolescentes.
Até o dia 30 de junho deste ano, a Especializada havia instaurado 843 procedimentos de investigação de ato infracional para apuração de crimes e contravenções penais cometidos por menores.
O delegado titular da DEA, Paulo Alberto Araújo, afirma que 60% dos adolescentes encaminhados à Delegacia do Adolescente são reincidentes na prática de atos infracionais.
Dados da Delegacia revelam ainda, que o número de jovens infratores envolvidos em crimes violentos é cada vez maior. “Os adolescentes são mais violentos, primeiro porque não têm tanto medo da Justiça quando o adulto, que sabe que a pena será majorada. O adolescente sabe que o máximo será 3 anos”, explica o delegado.
Comparando com o mesmo período do ano de 2012, houve aumento de 23% na produtividade da unidade policial, número, que segundo o delegado adjunto, Eduardo Botelho, merece destaque em razão do decréscimo de efetivo enfrentado pela unidade, que perdeu desde o ano passado oito servidores para aposentadorias.
Desestruturação
Para o delegado Paulo Araújo, a vulnerabilidade e desestruturação das famílias, fazem com que muitos adolescentes infratores sejam utilizados por quadrilhas, especialmente no tráfico de drogas, para prática de crimes. Essa é uma estratégia adotada pelos criminosos, pois os menores quando apreendidos ficam pouco tempo cumprindo medidas socioeducativas, e depois voltam às ruas e muitos deles retornam a prática de crimes, ganhando poder entre o bando.
Araújo observa que a arregimentação para o crime acontece, principalmente, com os adolescentes viciados em drogas. “Mesmo que não tenham praticado as infrações de tráfico, são levados a praticar outras infrações por influência daqueles que estão praticando. O vício faz com que eles cometam roubos para pagar o traficante. Os meios os próprios traficantes arrumam, como o aluguel de armas”, destaca o delegado. (informações assessoria)