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Mais de 1,5 milhão de peregrinos devem participar do encerramento da JMJ

 
O kit pesa cerca de 3 quilos e contém as cinco refeições para o final de semana: almoço, jantar e ceia para hoje e café da manhã e almoço para amanhã (28). Ao longo do caminho estão montadas tendas de reciclagem para recolhimento do lixo.
 
Quem chegou mais tarde precisou ter paciência. Com a chuva e a multidão, os kits foram sendo entregues vagarosamente, mas não houve tumulto. Bem-humorado, o piuiense Marcos Santos esperava na fila com um grupo de amigos tocando violão. “Quem canta, os males espanta”, brincou. “Se parar de chover na horada Procissão do Santíssimo Sacramento e durante a noite, para não dormirmos na areia molhada, já está bom demais”, completou.
 
Os fiéis estão saindo da Central do Brasil em direção a Copacabana. Uma das faixas da Avenida Presidente Vargas, toda a Avenida Rio Branco, uma das pistas do Aterro do Flamengo e da Enseada de Botafogo e as avenidas Lauro Sodré, Princesa Isabel e Atlântica estão interditadas ao trânsito.
 
Até meio-dia, o acesso a Copacabana pode ser feito de carro pela Rua da Passagem e uma faixa da Lauro Sodré. A partir desse horário, todos os acessos serão fechados ao tráfego de veículos e só será possível entrar em Copacabana a pé ou de metrô. A liberação total do bairro ao trânsito ocorrerá às 19h de domingo.
 
Toda a rota da peregrinação está sinalizada e conta com apoio de postos médicos. O acesso ao Aeroporto Santos Dumont, no centro, está garantido, mas a prefeitura pede que as pessoas saiam mais cedo de casa para evitar transtorno.
 
A maioria dos peregrinos carrega malas e sacos de dormir para a vigília na praia, que se estende até as 10 horas de amanhã, quando o papa Francisco reza a Missa de Envio, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, de ministros de Estado e presidentes latino-americanos. Banheiros químicos foram espalhados ao longo do Aterro do Flamengo.
 
Um grupo de paraguaios se adiantou e chegou em Copacabana às 7h. Javier Alonso Perez, de 17 anos, disse que não conseguiu dormir por causa da ansiedade. “Queremos encontrar um bom lugar para a Missa de Envio. Que pena que acaba amanhã. Está sendo bom demais”, comentou ele, que pretende dormir na praia para fazer a vigília.
 
Embora o início do trajeto começasse da Central do Brasil, muitos preferiram encurtar o caminho, como a aposentada, Maria de Lourdes Farinha, de 68 anos, que preferiu pegar um ônibus. “Na minha idade, minha filha, não aguento mais caminhar tanto assim. Mas o que importa é ter fé, né?”, desculpou-se.
 
O percurso da peregrinação foi alterado devido às chuvas. O terreno em Guaratiba, na zona oeste do Rio, acabou ficando alagado. Um esquema especial foi improvisado há dois dias para atender às centenas de milhares de católicos que participam do evento.
 
A prefeitura permitiu que os participantes da JMJ dormissem na praia sem a utilização de barracas. Para quem quiser voltar para casa, não haverá compra antecipada de bilhetes do metrô. Além disso, quatro das 32 estações serão fechadas para agilizar o transporte: Presidente Vargas, Cinelândia, Catete e Cantagalo.
 
 
Agência Brasil 
 
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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