Cabral não quis dar entrevista, mas, segundo o secretário de Assistência Social, Zaqueu Teixeira, colocou à disposição da família toda a estrutura do Estado para as buscas de Amarildo, que tem 42 anos. “O que significa a possibilidade da família sair da comunidade nos próximos dias e garante a proteção do Estado para que seus membros cheguem aonde queiram sem sofrer algum tipo de repressão ou coação”, explicou Teixeira.
A mulher de Amarildo, Elizabete Gomes da Silva, não acredita que o marido esteja vivo e disse que tem medo de continuar na Rocinha. "Tenho certeza de que meu marido está morto. Já procuramos em todos os lugares, e nada. Não recebi nenhuma ameaça, mas estou com medo de que, quando a poeira baixar, os policiais possam fazer uma maldade contra mim e minha família", disse ela. O filhos de Elizabete porém, não querem sair da Rocinha, e ela tem medo até de sair para comprar pão. "Não estou dormindo nem na minha casa, com medo de chegar à noite e me matarem', desabafou. Michelle Lacerda, sobrinha do pedreiro, informou que a mulher e os seis filhos de Amarildo estão se alimentando com a ajuda da irmã dele.
A 15ª Delegacia de Polícia (Gávea), que está investigando o caso, informou que os policiais que detiveram o pedreiro informaram que o haviam confundido com um traficante e levado para averiguação, mas que, logo depois, ele foi liberado. Amarildo não foi mais visto desde então. Entretanto, Elizabeth disse que o marido nasceu e se criou na comunidade e que todos o conheciam, inclusive policiais da UPP.
Fonte: Terra
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