O júri será às 8 horas e terão quatro advogados de Cuiabá na banca, regida pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, que atualmente responde pela Primeira e Terceira Varas Criminais da Comarca.
Caso
O crime ocorreu em setembro de 2009, numa chácara localizada numa região conhecida como “Facão”. Os policiais Orlandino e José auxiliados por Valcir Soares que mataram a tiros Edinaldo Frazão Bezerra, Alex Sandro Lopes de Araújo e Henrique Francisco Lopes e depois ocultaram os cadáveres.
Dias antes do crime, os PM’s fizeram uma negociação com as vítimas Edinaldo e Alex Sandro em relação a venda de três chácaras na região do “Facão”. O pagamento dos imóveis seria com 20 quilos de cocaína. Assim que negociaram, os proprietários dos imóveis transferiram as chácaras para nome do policial Orlandino, sua nora Silvana Cristiane de Araújo e sua cunhada Sonia Inês Neves.
Embora os PM’s tenham acordado que o pagamento seria com “droga”, tudo não passou de mera simulação, pois eles não estavam dispostos a pagar pelas terras e decidiram que matariam os ex-proprietários das chácaras.
O autônomo Vacir Soares foi “contratado” por R$ 3mil, para ajudar no crime. A função dele seria vigiar a chácara na data da execução para garantir que os três não deixariam o local. Além de ser incumbido de ajudar no transporte para a ocultação dos corpos.
Depois de tudo acertado, as vítimas e os policias se encontraram na chácara, no dia do crime, onde eventualmente iria receber a droga prometida. Valcir com presteza fez a vigia. Assim que os PM’s chegaram efetuaram disparos matando os três sem qualquer chance de defesa.
De acordo com o processo foi “consumado o triplo homicídio, os indiciados colocaram os corpos em um carro e transportaram até as proximidades de Porto Estrela/MT, ocultando-os”.
“Não vamos poupar esforços para realizar esses júris, dando assim uma resposta à sociedade, que espera pela prestação jurisdicional. Á que medida que os processos ficarem prontos, quero marcar os julgamentos, mesmo que eles tenham que acontecer todos os meses”, destaca o juiz Jorge Alexandre.