Yasuyoshi Chiba, 42 anos, fotografava os confrontos entre policiais militares e manifestantes quando foi atingido. Ensanguentado, Chiba foi levado a uma clínica da região e recebeu três pontos na cabeça, além de realizar exames.
— Vi um manifestante cair no chão. Os policiais o agarraram e o levaram. Fotografava a cena quando fui bruscamente empurrado por outros policiais. Então levantei os braços com minha câmera para mostrar que era fotógrafo e que tinha intenções pacíficas, mas um policial de uniforme e escudo me acertou a cabeça com o cassetete.
No protesto, manifestantes denunciaram o gasto de 53 milhões de dólares com a visita do papa e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio. Após a saída do pontífice, eles foram dispersados pela polícia com jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo.
Oito manifestantes foram detidos e um policial sofreu queimaduras ao ser atingido por um coquetel molotov, segundo a polícia. De acordo com manifestantes, o conflito começou quando P2 (policiais infiltrados no movimento) atacaram a tropa de choque. Manifestantes acusam a PM de deterem pessoas que registravam o conflito, alegando que incitavam vandalismo.
Dois jornalistas da Mídia Ninja também foram detidos. Até a publicação desta reportagem, Bruno Ferreira permanecia preso, suspeito de portar coquetéis molotov durante a manifestação. Ele negou a acusação.
Além de Chiba, outros cinco manifestantes foram feridos durante o confronto com a PM.
R7
Foto: Agência O Dia