A Polícia Civil informou que a quadrilha agia nas cidades de Teresina, José de Freitas (52 km de Teresina) e Timon (428 km de São Luís), município vizinho a Teresina. De acordo com o delegado do Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) Menandro Pedro da Luz, a quadrilha começou a ser investigada após investigações da polícia sobre um roubo ocorrido nos caixas eletrônicos no IPMT (Instituto de Previdência Municipal de Teresina) no início deste ano.
"Eles tinham de cumprir a meta de quatro assaltos todos os dias, mas muitas das tentativas acabavam frustradas porque os integrantes da quadrilha reconheciam os policiais, mesmo à paisana, devido às inúmeras vezes que foram presos. Nas ligações sempre falavam nessa meta a ser batida todos os dias", disse. Segundo o delegado, em uma interceptação das ligações telefônicas feitas entre os integrantes da quadrilha houve reclamações por causa de metas não cumpridas.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, James Guerra, os valores de cada assalto praticado pelo bando eram entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. "Eles conseguiram R$ 57 mil no último assalto", disse Guerra. A polícia não informou o montante arrecadado pela quadrilha. A operação envolveu cerca de 100 policiais das polícias Civil e Militar do Piauí e do Maranhão.
A polícia divulgou trechos de gravações telefônicas feitas entre os acusados e mostrou que a quadrilha orientava como abordar a vítima, as metas diárias de quatro assaltos, além de relatos de investidas aos bancos do Brasil e Bradesco, chamados de "amarelão" e "vermelho". A polícia informou que a quadrilha agia com integrantes infiltrados dentro das agências bancárias que repassavam informações para os demais que estavam na rua.
O grupo também conseguia informações de depósitos em grandes valores que seriam feitos por empresas nos bancos e agia para roubar os funcionários. Além das "saidinhas bancárias", o grupo também é acusado de explodir caixas eletrônicos. Em um dos trechos, sempre usando códigos, os assaltantes passam o número da placa dos carros das vítimas como se tivessem informando números de telefones.
Fonte: Uol
Foto: Ilustrativa