O episódio de desatenção da direita costarriquenha ocorreu durante a votação de um projeto de lei para regulamentar os serviços sociais.O projeto foi à votação no início da semana e a bancada conservadora no Congresso não se deu conta de uma mudança na versão final do texto.
Antes, o projeto de lei referia-se ao casamento como uma união entre um homem e uma mulher. A versão definitiva, no entanto, confere os direitos e os benefícios sociais a qualquer união civil, livre de discriminação. Depois de perceberem a mudança, os deputados conservadores pressionaram a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, a vetar a lei, mas ela se recusou e a sancionou ontem à noite.
A mudança no texto foi proposta durante o debate pelo deputado José Villalta, da bancada de esquerda no Congresso, e a aprovação foi unânime. "O problema é que há deputados que não leem aquilo que votam", criticou o próprio Villalta.
O deputado conservador Justo Orozco, do Partido da Renovação Cristã Costarriquenha, prometeu contestar a nova lei na justiça, apesar de o parágrafo em questão ter sido aprovado por unanimidade.
Fonte: Sul21
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