A realização da prova é obrigatória para todos aqueles que cursaram medicina fora do Brasil e querem exercer a profissão em território nacional. Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a medida não irá avaliar os alunos envolvidos, que serão escolhidos entre os que estão cursando a partir do sexto ano da graduação.
O exame terá o caráter de "pré-teste" apenas, e não foi planejado agora com os debates sobre a vinda de médicos estrangeiros ou pelo programa Mais Médicos, informa a assessoria do Instituto. Segundo eles, isto já vem sendo feito há cerca de um ano, e irá reproduzir o modelo de análise feito com outras provas, como o Enem e o Prova Brasil, que também realizam testes com grupos menores. A prova do Revalida deste ano ainda deve ocorrer como nos outros anos. A partir do ano que vem o exame já deve ser requalificado a partir de estudos feitos com o resultado das provas aplicadas aos alunos brasileiros, segundo a assessoria do Inep.
Na primeira edição do exame, em 2011, 677 pessoas se inscreveram. Destas, 65 médicos foram aprovados — 31 brasileiros que estudaram no exterior, seis argentinos, quatro bolivianos, seis colombianos, três peruanos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo verdense, um francês e um dominicano.
Em um modelo similar ao Revalida, mas apenas em São Paulo, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) realiza desde 2005 uma um exame de avaliação dos formandos nos cursos de medicina no Estado. Porém, apenas desde 2012 a prova passou a ser obrigatória aos recém-saídos das universidades. O resultado da primeira prova obrigatória levantou um alerta, que 54,5% daqueles que realizaram o exame não passaram no teste. A maioria acertou menos de 60% das 120 questões de múltipla escolha apresentadas pelo conselho.
Ser reprovado no exame não impede o aluno de tirar o registro profissional no Estado. Porém, é necessário apresentar o comprovante de comparecimento na prova.
Fonte: R7
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