Para os simpatizantes de Mursi, ele foi vítima de um golpe de Estado liderado pelos Estados Unidos. Porém, os contrários a Mursi e favoráveis ao novo governo também organizaram para esta sexta-feira um protesto na Praça Tahrir, considerada o símbolo da contestação popular.
Ontem (11), um policial foi morto e outro ferido durante um ataque a um posto militar na Península do Sinai, no Nordeste. Uma delegacia foi atacada na cidade de El Arish, região que enfrenta problemas de segurança desde a renúncia do então presidente Hosni Mubarak, em março de 2011.
Desde a destituição de Mursi, no último dia 3, pelo menos 100 pessoas morreram. Os defensores do governo deposto ressaltou que ele foi o primeiro presidente da história recente do país eleito democraticamente. No último dia 8, às vésperas do Ramadão 53 pessoas morreram e várias ficaram feridas durante confrontos em frente ao Quartel-General da Guarda Republicana.
O governo dos Estados Unidos pediu o fim das prisões de membros da Irmandade Muçulmana, por considerar que as medidas contribuem para agravar a crise política. O secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, pediu às novas autoridades que respeitem as "obrigações internacionais" na área dos direitos humanos. A Procuradoria egípcia também apresentou acusações contra 200 das 650 pessoas detidas durante os protestos.
Agência Brasil