Cidades

Sindicato acusa enfermeiros de não cumprirem determinação do TRT

Desde a última sexta (5), o TRT decidiu que, no mínimo, 50% dos enfermeiros e técnicos devem manter atendimento nas chamadas unidades fechadas (UTIs e CTIs) dos hospitais e 30% devem atuar nas unidades abertas (centros cirúrgicos, enfermaria, pronto atendimento e pronto-socorro).

O Sindessmat, contudo, alega que em alguns hospitais a determinação não está sendo cumprida, o que levou inclusive, algumas unidades da Capital a registrarem Boletim de Ocorrência (B.O.). A situação também se repetiu em Rondonópolis (212 km de Cuiabá), onde os profissionais também estão em greve.

“O TRT determinou que esse percentual fosse cumprido e ainda que não estejamos de acordo, acatamos a decisão, contudo, em alguns lugares esse número mínimo não está sendo respeitado, o que está gerando um caos generalizado na saúde”, alegou o presidente do Sindessmat, José Ricardo de Mello.

Mello justifica que o percentual estipulado pelo TRT é muito baixo e assegura que as unidades hospitalares precisam que ao menos 70% do atendimento esteja normalizado, sob pena comprometer o atendimento à população. “Alguns hospitais, já suspenderam a realização de cirurgias eletivas por falta de profissionais”, afirmou.

O Sindssmat assegura que ao menos 15 unidades hospitalares em Cuiabá estão com atendimento prejudicado. Um relatório sobre a situação dos hospitais no final de semana está sendo elaborado pelo Sindicato e deverá ser entregue ao TRT.

Negociação

Os técnicos e profissionais de enfermagem estão em greve desde o último dia 1 e reivindicam a redução da jornada de trabalho e o reajuste salarial das categorias.

Atualmente o piso salarial dos enfermeiros é de R$ 1.627, enquanto a categoria pede R$ 2 mil. Já o de técnicos é de R$ 827 e o intuito dos profissionais é que passe para R$ 1 mil, o que representa um reajuste de 21%. “Este percentual é muito alto, estamos oferecendo 7%, que se equipara a média nacional”, alegou o presidente do Sindessmat. Com 7% o salário dos técnicos passaria para R$ 885,51.

O sindicato ainda questiona o fato de que, apesar de a data base para reajuste salarial da categoria ser dia 31 de julho e as partes ainda estarem em negociação, os profissionais já terem aderido um movimento grevista desde o último dia 1.

O Sindessmat alega que está buscando medidas para que o percentual de atendimento nos hospitais seja elevado e não descarta a possibilidade de que medidas drásticas sejam tomadas. “Algumas unidades, poderão até suspender o Pronto Atendimento. Entendemos que o direito de greve é constitucional, mas não podemos ferir o direito à vida”, justificou Mello.

Outro Lado

A reportagem do Circuito Mato Grosso tentou entrar em contato com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares, mas ele não atendeu às ligações.

Camila Ribeiro – Da Redação 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.