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Greve geral promete parar o Brasil na próxima quinta

A greve terá participação da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) e CGTB (Central Geral de Trabalhadores Brasileiros). O Movimento dos Sem-Terra e a UNE (União Nacional dos Estudantes) também devem participar.

Na cidade de São Paulo, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu que a categoria deve cruzar os braços na quinta-feira. Segundo o secretário-geral da entidade e presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Paulo Pasin, a paralisação das atividades ainda será votada, novamente, em assembleia, na próxima quarta-feira (10).

O sindicato informou ainda que antes da paralisação irá procurar outros sindicatos da área de transportes, como de funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na tentativa de aumentar a adesão ao movimento grevista.

Na última sexta-feira (5), as principais centrais sindicais confirmaram que a cidade de São Paulo terá diversos pontos de manifestação e que haverá uma grande concentração de trabalhadores no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Segundo a CUT, bancários, químicos e petroleiros da capital são algumas das categorias que já confirmaram presença no local.

Além disso, há a informação, segundo a UGT, que motoboys pretendem parar três importantes avenidas, que provavelmente serão: avenida Paulista, avenida 23 de maio e uma das marginais. A concentração está marcada para acontecer a partir das 10h na sede do SindimotoSP, no Brooklin Novo, zona sul.

Paulinho da Força afirmou que as outras seis capitais que possuem metrô, além de São Paulo, já decidiram por greve. Segundo ele, há uma confusão de informações sobre a adesão dos funcionários ligados aos ônibus, pois o sindicato que representa a categoria tem eleição marcada para o dia 11. Enquanto a atual diretoria diz que deve participar apenas com protestos, a oposição diz que deve aderir com paralisação.

Serviços e obras do PAC

As paralisações devem afetar categorias de serviços, como bancos, e da indústria, como metalúrgicos, petroleiros, mineradores e químicos. Obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) devem ser prejudicadas. Parte dos sindicatos patronais diz desconhecer o movimento, mas já há manifestações de setores como a indústria se posicionando contrariamente à mobilização.

Setores estratégicos para a economia do País, como a construção e a metalurgia prometem uma adesão em massa ao movimento nacional. Segundo Paulinho, trabalhadores da construção pesada, que chegam a 800 mil no Brasil, farão paradas em diversos segmentos. Ele afirmou que já estão definidas greves em obras do PAC em diversos Estados como Bahia, Recife, Pernambuco e Ceará.

Ele afirmou ainda que as obras de Belo Monte também serão interrompidas. A informação foi confirmada por Zé Maria, da CSP-Conlutas, sindicato que representa os trabalhadores da obra.

— Estamos fazendo um trabalho conjunto com a Força para ter uma grande greve em Belo Monte.

Segundo Paulinho, dos trabalhadores da construção civil, 1,5 milhão de pessoas também caminham para aderir à greve. Ele confirmou ainda a paralisação em portos de todo o País.

— Os portuários do Brasil vão parar dia 10, por conta da pauta deles, e dia 11, pela pauta geral.

Os metalúrgicos também prometem forte adesão ao movimento. Segundo a CUT-SP, metalúrgicos de São Bernardo do Campo devem fazer panfletagem e paralisações na cidade. Em Minas Gerais, segundo Zé Maria, todos os metalúrgicos já decidiram pela greve.

O dirigente do Conlutas disse que os trabalhadores do setor de mineração também já optaram pela greve. Ele reforçou também que cerca de 800 mil servidores público federais, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário também já decidiram em reuniões por uma greve nacional. Em Fortaleza (CE), ele afirmou acreditar em uma 'greve geral'. Em Teresina (PI), o funcionalismo municipal também vai aderir ao movimento, afirmou.

Empresas

Procuradas pela reportagem, entidades ligadas ao serviço patronal disseram que ainda não têm informações concretas das ações planejadas para o dia 11. Segundo a assessoria da CNI (Confederação Nacional da Indústria), como as greves "ainda estão no campo da especulação", não é possível mensurar qual o impacto que elas terão.

A Abimaq  (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), no entanto, divulgou nota em que reconhece os atos do dia 11 e diz que eles estarão "atentos e vigilantes a ideia de alguns maus brasileiros que querem promover uma greve geral no próximo dia 11". Segundo a Abimaq, "nada mais absurdo e inoportuno", ressaltando que greve é um direito legítimo dos trabalhadores, mas precisa ser usada com responsabilidade.

Já a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a FecomercioSP afirmaram, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não têm informações a respeito de atos e greves no dia 11.

 

R7

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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