Pois saiba que, antes mesmo de a maioria dos brasileiros terem sequer um gostinho de como é poder navegar em alta velocidade utilizando o smartphone, diversos países do mundo já começam a implementar novidades nas redes, como o chamado LTE-Advanced.
Para entender vmelhor, desde que o 3G começou a se popularizar, duas tecnologias para tornar a internet móvel ainda mais rápida começaram a “competir” pelo mercado. Nos anos 2000, tanto o Long Term Evolution (LTE) quanto o Worldwide Interoperability for Microwave Access (WiMAX) tinham um bom potencial de evolução. Ou seja, a alcunha 4G quer dizer, simplesmente, que essa é a quarta geração da internet sem fio de alta velocidade.
Por isso, como os dois padrões acabaram sendo continuados, em diversos países o WiMAX e o LTE estão disponíveis para uso, havendo toda a infraestrutura específica para que ambas funcionem. A Coreia do Sul, por exemplo, disponibiliza as duas redes para os seus habitantes ficarem sempre conectados. A diferença básica é que o WiMAX trabalha com um único canal de transmissão e recebimento de dados, enquanto o LTE utiliza dois, quebrando a banda em um canal de envio e outro de recebimento.
Há, também, correntes de estudos que dizem que ambos representam somente uma evolução do 3G, mas que nenhum dos dois trata de uma nova geração de telecomunicações. Isso porque haveria alguns pré-requisitos que ainda não foram alcançados, ou seja, o LTE, por exemplo, seria considerado como um “3.9G”. A previsão de mercado da iSuppli para os usuários de internet de alta velocidade já apontavam, em 2011, que em 2014 o número de assinantes de serviços LTE deveria passar dos 303 milhões, ao passo que o WiMAX deve contar com apenas 10% disso, 33,4 milhões.
Em um novo levantamento realizado em janeiro desse ano, a iSuppli deu ainda mais gás para o LTE. Segundo a companhia, o crescimento da adoção da tecnologia deve ser ainda mais exponencial, passando da marca de 1 bilhão de usuários em 2016. E isso pode ser reflexo também das inovações da rede, como a nova LTE-Advanced. Vale lembrar que no Brasil, o LTE é o padrão utilizado. Segundo o 3GPP, o desenvolvimento da LTE-Advanced é um esforço realizado para que a internet móvel de alta velocidade consiga prover uma taxa ainda mais alta de transferência de bits com uma eficiência de custos muito mais atraente.
Consumidores ocidentais não precisam se desesperar (pelo menos não os norte-americanos), pois a tecnologia do novo 4G deve chegar em breve a diversos outros países. O presidente da Verizon, por exemplo, Nicola Palmer, diz que a ideia da empresa é liderar “com folgas” o mercado nos EUA. A Samsung, por exemplo, investe em pesquisas próprias para desenvolver as novas tecnologias que dariam forma ao 5G. A companhia, inclusive, já realiza testes e diz que tais novidades podem surgir em menos de dez anos. A perspectiva é que em 2020 nós já possamos navegar em velocidades muito superiores às atuais.
Fonte: Tecmundo
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