Este encontro acontece quando restam 24 horas para se expire um ultimato do exército rejeitado por Morsi, que exige que o presidente islamita atenda às reivindicações de milhões de manifestantes que reclamam sua demissão. Nenhum detalhe foi divulgado.
As forças armadas planejam suspender a Constituição e dissolver o Parlamento, atualmente dominado pelos islamitas, segundo um esboço que pode ser seguido se Morsi e a oposição não chegarem a um acordo, segundo fontes militares ouvidas mais cedo pela agência Reuters.
O Conselho Supremo das Forças Armadas ainda estava discutindo detalhes desse plano, que tem o objetivo de resolver a crise política que paralisa o país, com milhões de manifestantes nas ruas contra o governo.
A oposição egípcia em um comunicado a Frente de Salvação Nacional- FSN, afirmou que não apoiaria um golpe de Estado militar e considerou que o ultimato do exército ao presidente Morsi não significa que os militares queiram desempenhar um papel político. A FSN destaca confiar na declaração do exército de que não deseja envolvimento na política.
Também nesta terça, o ministro de Relações Exteriores do Egito, Mohamed Kamel Amr, apresentou sua renúncia ao cargo, agravando ainda mais a crise.
Com a renúncia, já são seis os ministros do gabinete do chefe do executivo, Hisham Qandil, que abandonaram o governo nas últimas horas. Mohamed Kamel Amr é, até agora, o mais importante dos ministros que deixaram os cargos nas últimas horas.
Os titulares de Turismo, Telecomunicações, Assuntos Legais e Parlamentares, Meio Ambiente e Recursos Hídricos entregaram uma carta a Qandil na qual pedem “a queda do regime” e dizem que o presidente "não respondeu às reivindicações do povo”.
Amr foi nomeado titular das Relações Exteriores em julho de 2011, poucos meses depois da queda do regime do ditador Hosni Mubarak, em substituição do atual secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby.
Fonte: G1
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