Na última semana, membros da MUBC já emitiam notas alertando os profissionais para não abastecerem os veículos com cargas, já que as principais rodovias do país serão fechadas.
Uma das reivindicações dos profissionais (motoristas, cooperativas e transportadoras) é a criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada diretamente à Presidência da República, nos mesmos das atuais Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas.
Os caminhoneiros também pedem subsídios para baratear o óleo diesel e isenção do pagamento de pedágios em todas as rodovias, sob a justificativa de que esta medida iria reduzir o custo com frete e baratear o preço dos produtos em geral.
Também está na pauta de reivindicações, a alteração da Lei 12.619 que estabelece 11 horas de descanso ininterruptas. A categoria pede que sejam apenas oito horas seguidas de pausa.
O presidente nacional do MUBC, Nélio Botelho, garantiu que “a partir de 48 horas de paralisação, o Brasil fica desabastecido. Vai começar a faltar combustível, comida, tudo”, levando em consideração que 52% da carga brasileira é transportada nas rodovias.
O sindicalista pontuou, no entanto, que a intenção não é impedir o fluxo nas rodovias, mas sim pressionar o Governo Federal a negociar com a categoria.
BR-364/163
De acordo com informações do Sindicato de Transportadoras do Estado de Mato Grosso (Sindmat), os dois sentidos da BR-364/163 estão interditados. A passagem está liberada somente para veículos de passeio e de serviços essenciais.
No Estado, a principal reivindicação é por melhorias na infraestrutura de transportes.
Camila Ribeiro – Da Redação
Foto: Pedro Alves