Cidades

Região do Araguaia desperta para suas vocações

Todo esse “boom” de positividade é contrastado com a atuação dos governos estadual e federal. Estradas em péssimas condições, balsas para travessia dos rios das Mortes e Araguaia em estado de precariedade absoluta, questões fundiárias sérias em que os poderes constituídos pouco atuam para encontrar soluções que atendam de maneira justa os envolvidos. Caso haja essa positividade na atuação política, o vale deixará de ser “dos Esquecidos” para ser o “Vale da Prosperidade”, segundo relato dos moradores da região.

 “A melhor coisa que aconteceu nos últimos tempos foi a chegada de novas pessoas que alavancaram, principalmente, o comércio do norte do Araguaia”, diz a empresária Neila Godinho, do ramo de calcário, em Água Boa. Grande defensora da melhora na infraestrutura da região, Neila destaca os entraves para transformar o Norte e Médio Araguaia na região mais próspera do estado de Mato Grosso.

Por ser desbravadora que chegou para ajudar no desenvolvimento do Araguaia, Neila se diz inconformada com a pífia atuação dos governos estaduais. “Hoje temos estradas ainda em chão batido que, nas chuvas, se tornam verdadeiros lamaçais; sete pontes condenadas e inúmeras outras quedas”, denuncia a empresária.

Esse descaso com a logística chega a onerar em até 60% o preço do frete do calcário e de outros produtos, além “das balsas em situação crítica para escoamento da produção”, relata Neila.


FERROVIA

Uma denúncia muito séria é feita pela empresária: “Pagamos altos tributos e ainda assumimos responsabilidades do governo estadual para mantermos, pelo menos transitáveis, nossas estradas”. Está descrente com a ferrovia anunciada recentemente que irá cortar a região: “Se espero as pontes de concreto há mais de dez anos, ferrovia, que demanda altos custos e projeto específico, deve demorar uns 30”, afirma Neila Godinho.
Na outra ponta, Luís Pichetti, secretário de Administração de Água Boa, garante: “A ferrovia terá licitação do projeto executivo no final do ano e, no segundo semestre de 2014, começam as obras”. Um ponto convergente entre o secretário e a empresária é o inoperante plano de logística imposta pelos governos. “Nossa região tem no agronegócio sua principal fonte e precisamos de estradas e pontes para escoar a produção”, sentencia Pichetti.

Leia mais…

 

Por Rita Anibal

Foto: Sandra Carvalho

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.