Haddad afirmou que vai criar um conselho para abrir planilhas e mostrar os custos do sistema. Com isso, o atual contrato, que vence em julho, deverá ser prorrogado.
Trata-se de mais uma medida anunciada por Haddad após uma série de protestos tomar a capital paulista e outras cidades. Há uma semana, o prefeito atendeu ao pedido inicial do movimento, a revogação do aumento de R$ 0,20.
A suspensão da licitação havia sido pedida à Câmara de São Paulo pelo Fórum de Transparência e Controle Social do Município de São Paulo. “Falta mais tempo para a sociedade digerir toda essa informação. As planilhas estão incompletas e não conseguimos detectar que serviço será oferecido“, afirma André Luiz da Silva, coordenador do fórum.
Haddad afirmou que determinou até o final do ano a instalação de 220 km de faixas exclusivas para ônibus nas principais avenidas da cidade. Entre as contempladas está a Avenida 23 de Maio, que vai ganhar a faixa no sentido Centro/Bairro.Haddad argumenta que os ônibus estão perdendo velocidade. Segundo o prefeito, serão assinados nesta semana contratos para a construção de 66 km de corredores de ônibus. Eles fazem parte dos 150 km prometidos em campanha. Entre as avenida contempladas com faixas exclusivas recentemente estão a Marginal Tietê e a Radial Leste. Na próxima semana, a Marginal Pinheiros também terá faixa exclusiva.
A Prefeitura informou que vai começar na próxima semana as obras de reforma completa dos semáforos de 4.800 cruzamentos. A licitação, no valor de cerca de R$ 246 milhões, inclui a recuperação da parte elétrica, a instalação de no-breaks e controladores de semáforos e o aterramento de cabos.
Também serão assinados na próxima semana os contratos para as obras de microdrenagem em 79 pontos críticos de alagamento da cidade. As obras, orçadas em cerca de R$ 150 milhões, começam na primeira quinzena de julho e têm prazo de seis meses.
A Avenida Paulista e outras vias da região central de São Paulo são palco de protestos com grande quantidade de pessoas há duas semanas. Para esta quarta, está marcado um protesto na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, contra m ato contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, e o projeto de lei para 'cura gay'.
Em alguns locais houve depredação, caso do prédio da Prefeitura de São Paulo, na semana passada. Lojas foram saqueadas. No sábado, (22), 35 mil pessoas levaram várias questões às ruas da região central. Em especial pediram a rejeição à PEC 37, proposta de emenda constitucional que limita os poderes de investigação do Ministério Público. A proposta foi rejeitada ontem em votação na Câmara dos Deputados.
Fonte: G1