Em pronunciamento na noite de sexta-feira, Dilma fez referência à contrataçāo de médicos estrangeiros, mas, segundo técnicos da Saúde, essa parte do programa ainda nāo estaria inteiramente formatada. A proposta é alvo de restriçōes de entidades de classe e parlamentares da oposiçāo.
O governo anunciará o lançamento de edital para hospitais interessados e o investimento de R$ 100 milhōes na ampliaçāo do número de vagas de residência. Haverá prioridade para áreas de forte demanda no sistema público de saúde, como pediatria, oncologia e anestesiologia.
Será fixada a meta de zerar, em 2014, o déficit de 4 mil vagas – sāo cerca de 15 mil os formandos em medicina a cada ano, e 11 mil os postos disponíveis.
Esse anúncio será o primeiro porque, à diferença de outras iniciativas, nāo depende de aprovaçāo do Congresso nem de acordo com Estados e municípios. O governo acredita estar atendendo os manifestantes porque se trata de aposta na melhoria de um serviço público, bandeira recorrente nos protestos, e na oferta de oportunidades para jovens.
O terceiro braço do "Mais Médicos", o aumento na oferta de vagas nos cursos de medicina, será discutido com governadores em reuniāo que a presidente pretende realizar nesta segunda-feira. Ontem, vários deles receberam telefonemas de convocaçāo do Palácio do Planalto. O objetivo de Dilma é dividir o ônus político da crise e as providências necessárias para enfrentá-la.
G1