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Allen força prorrogação com cesta milagrosa, e Heat sobrevive na final

Foi a única cesta de três de Ray Allen na partida. Em um momento em que quase todos dentro do ginásio sentiam os Spurs se aproximarem de seu quinto título, o veterano, que saiu de quadra com nove pontos, manteve o time da casa no jogo. Astro da franquia, LeBron James teve uma noite instável. Depois de passar todo o terceiro quarto sem acertar um arremesso sequer, subiu de produção no período final, mas desperdiçou dois chutes que quase selaram o fim para o Heat. Ainda assim deixou sua marca com um triplo-duplo (32 pontos, 11 assistências e dez rebotes).

Do outro lado, Tim Duncan se candidatou ao papel de herói em ótima noite. Com 30 pontos e 17 rebotes, liderou os Spurs durante todo o jogo. Tony Parker também cresceu no último quarto e guiou o time à reação provisória, que foi interrompida com a cesta de Allen no fim do quarto final. Kawhi Leonard foi outro a ter um bom desempenho, com 22 pontos e 11 rebotes. O brasileiro Tiago Splitter jogou apenas 8m13s, anontou cinco pontos e pegou um rebote.

A decisão do título ficou para a próxima quinta-feira. Novamente em Miami, as duas equipes voltam a se enfrentar às 22h, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real.

O jogo

Nas arquibancadas, um grande anel branco. Torcedores do Miami usavam a cor para incentivar a equipe em quadra desde o primeiro tapa na bola. Chris Bosh, dentro do garrafão, abriu o placar e deu ainda mais voz ao público. No lance seguinte, porém, Tim Duncan deu início a uma atuação magistral. O veterano acertou seus primeiros oito arremessos e manteve os Spurs vivos, apesar da intensidade ofensiva do Heat.

LeBron parecia tímido em quadra, assim como Wade. Shane Battier, Chris Bosh e, principalmente, Mario Chalmers ditavam o ritmo dos donos da casa. Do outro lado, Duncan e Kawhi Leonard eram os melhores dos Spurs, que viam o argentino Manu Ginóbili ter uma noite bem inferior à do jogo 5. Splitter, que iniciou a partida no banco, foi para quadra a pouco mais de um minuto para o fim do quarto. O brasileiro, no entanto, não foi bem. Nervoso, errou algumas marcações e desperdiçou um lance livre perto do zerar do cronômetro.  O Heat, então, largou em vantagem: 27 a 25.

Battier deu início ao segundo com uma cesta de três. Green devolveu no ataque seguinte e acertou seu primeiro arremesso da noite fora do garrafão. O momento dos Spurs, porém, não era dos melhores. Wade aproveitou uma marcação ruim de Ginóbili para marcar mais dois pontos e levar o Miami à maior vantagem até então (36 a 30).

Neal, completamente desequilibrado, diminuiu a diferença em cesta de três. O lance deu força aos Spurs, que foram buscar. Duncan continuava imparável. A pouco mais de um minuto do fim, fez com que os visitantes empatassem e, na sequência, tomassem a dianteira novamente (46 a 44). Em bela infiltração, Boris Diaw ampliou, e Leonard, com um tapinha, fez a equipe de San Antonio ir para o intervalo com seis pontos de vantagem (50 a 44).

Wade, com dores no joelho esquerdo, deu lugar a Ray Allen na volta à quadra, mas logo retornou. Ginóbili, zerado até então, ampliou a diferença para os Spurs em cesta de três. Àquela altura, o Heat parecia implorar por um despertar de LeBron. O astro até tentou. Subiu um pouco de produção, e o Miami encostou. Mas foi por pouco tempo.


Os Spurs sobravam. Duncan seguia em uma noite espetacular. Leonard brilhava como coadjuvante, enquanto Diaw fazia marcação implacável sobre LeBron. Com uma defesa sólida e um bom aproveitamento no ataque, a equipe de San Antonio abriu 13 pontos de vantagem (71 a 58). Allen, de três, e Wade deram esperança à torcida da casa. Mas, depois de LeBron desperdiçar um ataque e cair pedindo falta, Tony Parker partiu para cima da marcação e devolveu a calma aos visitantes. No minuto final, Gregg Popovich ainda mandou Splitter e Ginóbili de volta para a quadra. A vantagem, na saída para o último intervalo, era de dez pontos: 75 a 65.

Chalmers tentou dar vida ao Heat em arremesso de três. LeBron, que errara todos os arremessos no quarto anterior e só marcara em lances livres, também diminuiu. Mike Miller, em lance espetacular, perdeu o tênis em quadra e, mesmo assim, acertou de longe. A diferença, então, era de apenas quatro pontos (77 a 73). Com Duncan no banco, Splitter foi para a quadra e respondeu com uma bela cesta.

LeBron, enfim, acordou. Em uma cravada sensacional, o astro do Heat levantou toda a torcida do ginásio e deu gás à tentativa de reação da equipe. Na subida de Tim Duncan, o Rei de Miami, sem sua tradicional faixa na cabeça, deu toco espetacular e, no ataque, levou o time ao empate. Ray Allen marcou mais dois, e o time da casa chegou à virada. O ritmo seguiu alucinante. Tony Parker, poupado durante boa parte do tempo, fez os visitantes reassumirem a liderança em uma cesta de três e outra dentro do garrafão.

Foi quando o jogo virou histórico. LeBron teve a chance de devolver a esperança a Miami, mas errou dois arremessos seguidos. No segundo, Bosh pegou o rebote e passou para Ray Allen. Pressionado, à beira da zona do garrafão, o veterano teve calma suficiente para saltar e marcar de três, deixando tudo igual, a cinco segundos do fim. Tony Parker ainda tentou um último ataque, mas errou a mira, e a partida foi para a prorrogação: 95 a 95.

No retorno à quadra, o San Antonio tentou pressionar. Retomou a dianteira e chegou a ter a chance de abrir quatro pontos, mas Tony Parker desperdiçou um lance livre. O Heat, então, passou à frente. Os visitantes ainda se esforçaram, mas Chris Bosh se agigantou com dois tocos em sequência, em Tony Parker e Danny Green. Allen também impediu uma bandeja de Ginóbili que teria dado outro rumo à partida. A torcida, enfim, suspirou aliviada, e a equipe de Miami, enfim, comemorou: o sonho do título ainda estava vivo.

 

Fonte: Globoesporte.com

Foto: Getty Images

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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