Essas recomendações estão sendo vistas pela deputada Luciane Bezerra (PSB) demasiado leves diante de tantas denúncias e promete entregar um dossiê paralelo ainda esta semana retratando resultado mais duro em relação ao MT Saúde.
Luciane Bezerra, que é membro da CPI do MT Saúde, demonstrou seu inconformismo como o relatório de Pinheiro. “Ele foi muito mais propositivo do que investigativo. A população espera um resultado mais duro em relação às graves denúncias contra a gestão do MT Saúde”, declarou a parlamentar, que tem 48 horas para apresentar sua manifestação em relação ao resultado da CPI presidida por Emanuel Pinheiro.
Durante os 180 dias de investigação foram ouvidos os representantes de operadoras do sistema. Emanuel disse que a CPI deverá contribuir, não apenas para a consolidação do sistema, mas ainda para punir culpados por supostas irregularidades.
A CPI foi criada em novembro do ano passado para apurar a situação administrativa, financeira e contábil do plano de saúde. Durante as oitivas foram ouvidos servidores, sindicalistas, empresários e ex-gestores.
A Comissão é composta pelos deputados Walter Rabello (PSD), Emanuel Pinheiro (PR), Luciane Bezerra (PSB), Antonio Azambuja (PP) e Baiano Filho (PMDB). O MT Saúde foi criado em 2003, na gestão do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR).
O plano chegou, no auge, a atender cerca de 55 mil pessoas. No início de 2011, apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre possível inconstitucionalidade da remessa de recursos ao sistema deram início ao desmantelamento da estrutura no Estado.
Sandra Carvalho – Da Editoria/Débora Siqueira – Da Reportagem
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