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Governo recua e libera marginal e Paulista para manifestantes

Ainda de acordo com o secretário, a Polícia Militar não estará armada com balas de borracha. "É um compromisso nosso que as tropas não estarão municiadas com balas de borracha", disse.
No entanto, ainda segundo Grella, "a Tropa de Choque vai estar à disposição, como sempre esteve".

O acordo só foi possível após as lideranças do movimento concordarem com o acompanhamento de oficiais da PM durante todo o trajeto.

A decisão foi tomada durante reunião na manhã desta segunda. Também compareceram o comandante-geral da Polícia Militar, coronel da Benedito Roberto Meira, e o delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck.

Horas antes, em entrevista coletiva, os membros do MPL já haviam informado que o trajeto não seria decidido na reunião. "Nós não sabemos qual vai ser o trajeto. Ele surge na hora, depende do número de pessoas e dos grupos presentes", afirmou um dos integrantes do movimento.

O movimento disse, no entanto, que os protestos não vão parar enquanto o aumento da tarifa não for revogado pela prefeitura e pelo governo do Estado.

"As pessoas pessoas estão exigindo uma pauta única, clara e específica, que é a revogação do aumento. Negociar algo diferente do que a população quer seria uma traição", disse Caio Martins, 19, estudante de história da USP e membro do Movimento Passe Livre.

O movimento disse que convidou o prefeito Fernando Haddad (PT) para debater o reajuste na quarta-feira (19), às 10h, na sede do Sindicato do Jornalistas.

Apesar de terem confirmado presença na reunião extraordinária do Conselho da Cidade marcada para amanhã, os integrantes afirmam que o encontro não é o espaço ideal para discutir o aumento. O conselho é um órgão consultivo criado pelo prefeito neste ano e reúne 136 membros de movimentos sociais, entidades de classe, empresários, entre outros.

"A gente agradece o convite, mas entende que esse espaço não é adequado para negociação", disse Érica de Oliveira, do MPL.

CONFRONTO

Na última quinta-feira (13), o confronto entre manifestantes e PMs começou quando a polícia tentou impedir o grupo de prosseguir a passeata contra o aumento dos ônibus pela rua da Consolação e chegar à avenida Paulista, uma das vias mais importantes da cidade e que dá acesso a diversos hospitais. Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.

Na sexta-feira (7), o segundo dia de protestos, os manifestantes fecharam a pista local da marginal Pinheiros, na zona oeste de São Paulo por volta das 19h20. Policiais que acompanhavam os manifestantes usaram bombas de gás lacrimogênio e tiros de borrachas para dispersar os cerca de 800 manifestantes.

O grupo havia se concentrado na avenida Faria Lima e seguiu pela avenida Eusébio Matoso até a marginal Pinheiros, onde bloquearam as pistas expressa e local no sentido Castello Branco.

No primeiro dia de protestos (6), os manifestantes chegaram a bloquear a avenida Paulista. Para conter o movimento, a PM usou gás lacrimogênio e tiros de bala de borracha para reprimir a manifestação, o que provocou correria. A Força Tática esteve no local. Os organizadores apontam que ao menos 30 pessoas ficaram feridas.

Fonte: Folha On Line

Redação

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