A família da magistrada Glauciane Chaves de Melo, de Alto Taquari, encaminhou nota à imprensa logo após a prisão de Evanderly de Oliveira Lima, agradecendo o empenho da polícia.
"Ele não resistiu à prisão. Com exceção de alguns arranhões causados pela mata, ele aparentava estar bem fisicamente" De acordo com o comandante do batalhão, capitão Fernando Augustinho de Oliveira Galindo, que participou diretamente da prisão. Segundo o capitão, o enfermeiro reclamava de câimbras e se dizia constantemente arrependido do crime.
“Ele dizia que não pretendia cometer o crime, mas que estava com ciúme do novo relacionamento da juíza e que se sentia traído. Ele tinha consciência da gravidade do que fez, estava 100% lúcido e ficava repetindo que estava arrependido”, relatou o policial.
Segundo o capitão, aproximadamente 35 policiais militares das regionais de Alto Araguaia e Rondonópolis estavam dentro da mata. Desde a última sexta-feira, a polícia realizava buscas pela região, fechando o cerco no município para evitar a fuga do enfermeiro para os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, que fazem fronteira com Alto Araguaia. Lima foi levado para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), onde será interrogado pelo delegado João Ferreira Borges, que conduz as investigações.
Ao todo, quase 100 policiais civis e militares atuavam nas buscas pelo suspeito. De acordo com o delegado, todas as fazendas localizadas na região do Araguaia estavam sendo vistoriadas pela Polícia Civil, enquanto a Polícia Militar atuava no cerco da região de mata onde o suspeito poderia ter se escondido.
A polícia trabalha com a hipótese de crime passional, uma vez que o enfermeiro não teria aceitado o fim de seu relacionamento com a juíza, encerrado em dezembro do ano passado.
O suspeito, que já teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, teria ido ao fórum e, após uma discussão com a magistrada, teria efetuado os disparos. Ele abandonou a arma, um revólver calibre 38, nas imediações do local e fugiu em seguida. Segundo o elegado o enfermeiro não tem passagens pela polícia.
Por: Ediana Tanara / Especial para o Circuito Mato Grosso
Foto: Reprodução