Cidades

Ságuas ironiza denúncia de R$19,2 milhões em contratos

 
“No total, a Seduc gastou, seguramente, mais de R$500 milhões em obras na gestão do PT na pasta, dos quais cerca de metade foi licitada diretamente pelas prefeituras, por meio de convênios com a secretaria. Ou seja, o valor dos contratos feitos com a Poli é pequeno diante do montante gasto no setor”, argumentou o secretário.
 
Os recursos destinados à Poli podem não ser suficientes para resolver os problemas da educação no Estado. Mas poderiam ser úteis na melhor escola de ensino fundamental de Várzea Grande, a Antônio Geraldo Gatiboni, no bairro Ponte Nova, segundo o Ideb, o Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico, do Governo Federal. Mesmo com pífios R$3.600 por ano para manutenção e pequenos reparos, o colégio conseguiu destaque na avaliação do Ministério da Educação.
 
O secretário da Educação de Mato Grosso, Ságuas Moraes (PT), negou irregularidades apontadas em licitações nas obras da secretaria que comanda (Seduc), em relação a empresa com origem na cidade onde tem sua principal base eleitoral, Juína (734 km de Cuiabá).
 
Uma matéria publicada na semana passada no Circuito informou que a empresa Poli Engenharia e Comércio tem como proprietário Luiz Carlos Ióris, irmão do secretário-adjunto da Seduc, Antônio Carlos Ióris.
 
Negando que haja qualquer impedimento para contratar uma empresa tão próxima de um funcionário público de alto escalão – embora haja um consumo maior de recursos nesse tipo de organização, pela sua própria natureza – Ságuas defende-se dizendo que não vê nenhum problema em uma empreiteira vencer uma licitação, desde que atenda às exigências do certame.
 
“Todos os contratos da Poli Engenharia foram fruto de licitações. Não temos controle sobre quem ganha a licitação, pois vence quem tiver o melhor preço. Qualquer empresa apta, que esteja com as certidões em dia, pode participar de licitações”, disse o político.
 
Dados do Diário Oficial do Estado, presentes na reportagem do Circuito, apontam que, ao longo de seis anos – período em que a pasta ficou sob o comando do PT, primeiro com Rosa Neide e depois com Ságuas – a Poli Engenharia e Comércio somou contratos da ordem de R$19,2 milhões, montante que pareceu não impressionar o secretário.
 
 
Por Diego Frederici e Sandra Carvalho – Da redação
Fotos: Pedro Alves e Sintep-MT

Redação

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