O advogado de Lopes, Balbino Laurindo, entrou com pedido de revogação da prisão preventiva e aguarda a resposta ainda nesta quarta-feira. Segundo ele, a pena de Sinomar havia sido convertida em prestação de serviços à comunidade em um acordo com o Ministério Público. "Ele não cumpriu o acordo e, com isso, foi pedido para que fosse notificado. Como ele mesmo assim não cumpriu a determinação, o juiz decretou a prisão preventiva", explicou o defensor.
Sinomar está preso na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia.
Briga, tiros e arrependimento
No dia 27 de abril, o pai da menina foi até a pizzaria de George Araújo de Souza acompanhado das filhas: Kerolly e uma irmã de 14 anos. Após uma discussão, Souza apontou um revólver para o pai das meninas, ameaçando atirar. Quando os três já estavam na calçada, o dono da pizzaria disparou, acertado a cabeça e uma das pernas de Kerolly.
O autor dos disparos se apresentou à polícia após o período de flagrante e foi liberado. O pai prestou depoimento e disse que estava arrependido. No dia 30 de abril, a Justiça decretou a prisão do dono da pizzaria. A menina ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por cerca de dez dias e teve morte cerebral diagnosticada no dia 5 de maio. Dois dias depois, ela morreu por falência múltipla dos órgãos.
Quase uma semana depois de ter a prisão decretada, Souza se entregou à polícia. Acompanhado por um advogado, ele passou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foi encaminhado para a delegacia de homicídios de Goiânia.
Fonte: Terra