Política

Riva: “cercearam meu direito de defesa!”

 
“Desde que terminou o julgamento, respeitei e vou continuar respeitando a justiça”, disse Riva não sem criticar a forma como transcorreu a sessão. Ele, constantemente, falava em cerceamento de defesa e que provas produzidas não foram aceitas. Criticou também o Ministério Público (MP) dizendo que o desmembramento dos pagamentos supostamente desviados quando era presidente em 2002, “não significa que houve desvios de dinheiro”, ponderou. As críticas também foram endereçadas aos julgadores, citando que “a relatora quis induzir o MP e ainda tinha uma desembargadora orientando”, sentenciou o ex-presidente. Riva, questionado pelo CIRCUITO MT se ele considerava seus julgadores sem qualificação para esse processo, ele desconversou e disse que “há desembargadores e promotores sérios embora existam os influenciáveis”. 
 
Perguntado se era uma perseguição política, Riva disse estranhar que “alguns desafetos tenham procurado desembargadores e procuradores com papéis com o nome 'Riva' na capa”.
 
Riva também fala que sua “defesa foi cerceada e o Código de Processo Civil me garante produzir provas a meu favor. No relatório apresentado pelo meu advogado mostra que todo o serviço foi executado e os materiais foram entregues”. Conta ele que uma das provas produzida pelo próprio MP e favorável à sua causa, não foi aceita pela relatora.
“Vou usar todo o direito de defesa e dispor de todos os recursos que me são devidos. Essa situação é constrangedora e vou atacá-la juridicamente, sem pressa e com muita cautela”, finalizou o ex-presidente.
 
 
Entenda o caso – Tudo começou com a Operação “Arca de Noé” e o Ministério Público Estadual, autor da ação, apontou que havia indícios robustos  de valores desviados e que teriam sido pagos de agosto de 2001 a dezembro de 2002 para uma empresa de publicidade de 'fachada'. Na época, Riva exercia o cargo de presidente da Casa de Leis e Henrique Bosaipo ocupava a função de primeiro-secretário da instituição.
 
O Tribunal concluiu, com base no parecer da relatora do processo, desembargadora Maria Erotides Kneip, que foram emitidos 48 cheques em nome dessa empresa de publicidade, cujos proprietários não existem. "A respeito dela não existe nenhuma gota, nenhuma poeira que comprovem a sua existência”, disse a magistrada, no voto. Pelo menos 16 pessoas foram acusadas de peculato e lavagem de dinheiro por conta de cheques emitidos pela Assembleia, em 2002, a empresas de fachada.
 
Por Rita Anibal, da reportagem
 
Foto: Pedro Alves
 

Redação

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