De acordo com as entidades, os 58 policiais que prestam serviço de segurança no órgão, em todo o Estado, estariam sendo dispensados devido à contratação de 50 guardas privados da empresa Integral Segurança e Vigilância Patrimonial Ltda., contratada em março deste ano, após pregão 014/2012 de outubro passado.
Para os sindicalistas, o fator mais alarmante é a disparidade salarial. Enquanto os policiais militares recebem uma gratificação no valor de R$ 1.479,24, os salários dos seguranças privados terá uma variação mínima de R$ 4.836,69 e máxima de R$ 11.095,11.
O contrato total com a Integral Segurança é no valor de R$ 5 milhões, conforme revela o Diário Oficial.
“Tem uma disparidade muito grande, que acaba ferindo os princípios da licitação pública. O Estado está com várias obras, vários gastos e contrata uma empresa com um valor tão alto? É no mínimo estranho”, afirmou o presidente da associação, sargento Luciano Esteves Correa Costa.
Para a presidente do Sinetran, Veneranda Acosta, a atitude é “estranha” em um momento que o Governo do Estado prega justamente a contenção de gastos.
“Ainda é precipitado afirmar que existe um esquema, mas é, no mínimo, estranho dispensar pessoas que prestam o serviço e contratar outras com salários que podem chegar a quase dez vezes ao que um policial recebe”, afirmou a sindicalistas.
A Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar não descarta acionar o Ministério Público Estadual (MPE) para que o Detran informe exatamente o que está ocorrendo.
“Caso se comprove um gasto superior e desnecessário na segurança privada, certamente a administração pública terá sido a maior prejudicada. Assim, nós e o Fórum Sindical esperamos uma resposta e estudamos encaminhar a situação para o MPE, que poderá averiguar e investigar se há ilegalidade”, completou Esteves.
A assessoria do Detran informou que a contratação de guarda privada seria "reflexo da contenção de gastos exigidas pelo Governo do Estado neste ano".
Fonte: Midia News
Foto: Reprodução