Ao final, a juíza permitiu que Bola cumprimentasse sua mulher e filhos, e ele chorou muito.
A única testemunha a depor nesse primeiro dia de júri foi a delegada Ana Maria dos Santos, que falou por cerca de seis horas e meia, sendo que somente a defesa a questionou por quatro horas e 40 minutos, sobre as investigações da morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes.
Nesse período, a defesa de Bola apresentou uma lista de presença de uma faculdade que comprovaria que Bola esteve no curso na noite do crime. Quebra do sigilo telefônico, no entanto, mostra que o ex-policial e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-secretário do goleiro se falaram e se encontraram na mesma noite.
A defesa também apontou que Bola só foi indiciado por ser "inimigo" do delegado Edson Moreira, então chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais. O advogado ainda questionou o não indiciamento de um policial aposentado José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, ainda investigado pelo crime.
O julgamento será retomado às 9h de terça-feira, com o depoimento do preso Jaílson Alves de Oliveira. Ele diz ter conhecido Bola no presídio e afirma que ouviu o ex-policial dizer que queimou o corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, e jogou as cinzas em um lago.
Esse é o terceiro conselho de sentença formado no caso do desaparecimento e morte de Eliza. Ela desapareceu em junho de 2010. Apesar de seu corpo nunca ter sido encontrado, a Justiça expediu a certidão de óbito de Eliza no início deste ano.
Anteriormente foram julgados Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-secretário do goleiro, e Fernanda Castro, ex-namorada do jogador. Depois deles foram julgados Bruno e sua ex-mulher, Dayanne Souza –a única absolvida.
Fonte: Folha de São Paulo