Mundo Tecnológico

Marinha compra drones para usar como alvo aéreo no Rio

Segundo o Centro de Apoio a Sistemas Operativos (Casop), os aviões-robô foram adquiridos através de um processo de licitação vencido em novembro de 2012 pela empresa BRVant.
 
As aeronaves, que custaram R$ 22 mil cada uma, foram entregues à Marinha durante a Laad, a maior feira de defesa e segurança da América Latina realizada no Rio de Janeiro entre 9 e 12 de abril.
 
O modelo é chamado de Cardeal e tem 2,2 metros de envergadura, com peso variando entre 8 kg e 18 kg. É movido a gasolina e pode levar câmeras e outros equipamentos acoplados.
 
O Casop informou que o Cardeal será usado para treinamento de tiro dos fuzileiros navais na restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, uma área restrita militar em que o voo de drones é permitido. A princípio, ele será manipulado para que os soldados façam testes focando alvos aéreos com canhões e misseis portáteis.
 
Entre as ideias avaliadas está colocar birutas ou sinalizadores nos aviões-robô. O objetivo é não destruir o vant. Segundo a Marinha, os aviões eram adquiridos até o ano passado de uma empresa britânica, porque não havia um brasileiro similar.
 
O projeto do avião foi desenvolvido em uma parceria da empresa com a Marinha e os militares pediram algumas mudanças durante os testes de avaliação do drone, que funciona por meio de rádio controlado em um raio de até 2 km e, por rádio semiautomático, em uma distância de 10 km. 
 
Como são vants militares e atuam em espaços aéreos restritos militares de baixa altitude, sem avião civil, não precisam de autorização para voar, informou o Casop. Um décimo avião, feito para testes de aperfeiçoamento pela BRVant, também está à disposição da Marinha.
 
Em março, um balanço inédito do G1 divulgou que mais de 200 drones estão em operação no Brasil sem que exista regulamentação para o uso civil e comercial destas aeronaves. O número foi obtido a partir de levantamento realizado com fabricantes, importadores, empresas e órgãos de governos estaduais.
 
No Brasil, ele começa a ser usado por agricultores, polícias, órgãos de defesa civil e companhias de energia elétrica, dentre outros órgãos, para monitoramento e vigilância.
 
Apenas dois vants civis, os da Polícia Federal, são autorizados a voar. A indústria nacional de defesa pressiona a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a construir uma legislação que embase o uso comercial de vants de pequeno porte no país. A agência diz que os estudos para regular o setor ainda estão em andamento.
 
Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Mundo Tecnológico

Empresa de Eike vai levar a Campus Party para o Rio

"Já temos apoio das três esferas governamentais [prefeitura, governo do Estado e governo federal] e, em março, faremos a primeira
Mundo Tecnológico

Google é acusado de exibir publicidade racista

Segundo ela, ao pesquisar por nomes de origem africana, como 'Kareem' e 'Keisha', é comum começar a ver anúncios direcionados