"Juro pelo povo da Venezuela, juro pela memória eterna do comandante supremo que cumprirei e farei esta Constituição ser cumprida", disse Maduro, rodeado por um quadro gigante de Chávez e com a Carta Magna na mão esquerda.
Segundo a rede Telesur, delegações de 61 países estiveram presentes na cerimônia de juramento, ocorrida na sede da Assembleia Nacional, em Caracas. A presidente Dilma Rousseff também compareceu à posse.
A oposição, liderada pelo então candidato Henrique Capriles, se nega a reconhecer o resultado (de que Maduro venceu por 265 mil votos) e classificou Maduro como "ilegítimo". Protestos no dia seguinte à divulgação dos resultados deixaram oito mortos no país.
Por volta da meia-noite de quinta-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) revelou que ampliará a auditoria a 100% dos votos eletrônicos, o que normalmente chega a 54%
O motorista de ônibus de 50 anos obteve o apoio da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em um encontro de cúpula extraordinário realizado para discutir a situação na Venezuela, mas também recebeu pedidos para baixar o tom na disputa com a oposição do país.
A Venezuela teve que realizar inesperadamente a eleição para escolher um sucessor de Hugo Chávez, depois da morte no começo de março do líder de esquerda, que havia sido reeleito em outubro, derrotando Capriles. Chávez morreu vítima de câncer.
"Convido a todos e todas para a posse do primeiro presidente chavista, filho de Chávez", disse Maduro, confiante de que conseguirá reunir chavistas na cerimônia, que contará com dezenas de chefes de Estado, entre eles a presidente Dilma Rousseff.
Maduro tem pela frente a difícil tarefa de que conseguir que a oposição, que conquistou a maior votação nas urnas contra o chavismo em eleições presidenciais, o reconheça. Além disso, terá que demonstrar ao movimento criado por Chávez que ele está capacitado para liderá-lo e "aprofundar" o rumo ao socialismo no país.
Fonte: G1