Houve aumento de 88% em relação a agosto de 2011 a março de 2012, quando o desmatamento somou 760 quilômetros quadrados.
De acordo com o relatório, Mato Grosso continuou liderando o desmatamento (56%), seguido por Rondônia (28%), Pará (9%), Roraima (3%), Acre (2%) e Amazonas (2%).
Dos 10 municípios que mais desmataram no período, oito são de Mato Grosso (pela ordem: União do Sul, Colniza, Santa Carmem, São José do Rio Claro, Cláudia, Tabaporã, Sinop e Nova Maringá).
A Coordenadora da Iniciativa Transparência Florestal do Instituto Centro de Vida (ICV), Alice Thuault, ressalta que a tendência de aumento no desmatamento é ainda mais alarmante tendo em vista a grande cobertura de nuvens no último mês. Ela destaca que a presença de oito municípios de Mato Grosso na lista dos 10 que mais desmataram comprova a existência de fronteiras ativas de desmatamento no Estado. “Os dados deixam claro que a redução do desmatamento não está consolidada em Mato Grosso. O Estado não consegue controlar o desmatamento, pois os principais instrumentos públicos de comando e controle, regularização fundiária e incentivos a boas práticas somente estão sendo implementados de forma parcial. Não existe hoje em Mato Grosso, uma verdadeira estratégia de controle do desmatamento e isso faz muita falta”.
Revisão do Plano de Prevenção Estadual – Com o objetivo de criar uma estratégia local para prevenção e combate do desmatamento, foi criado em 2009, pelo Governo do Estado, o Plano de Prevenção e Controle ao Desmatamento e Queimadas no estado de Mato Grosso (PPCDQ-MT).
Elaborado pelo ICV, que faz parte da Comissão Executiva criada para acompanhamento das ações do PPCDQ-MT, o relatório de avaliação dos três primeiros anos do Plano e os números do SAD ressaltam que a implementação está bem aquém do necessário. Nesse sentido, dentre as sugestões colocadas para o aprimoramento do Plano estão o fortalecimento do PPCDQ-MT como estratégia de Estado, a necessidade de estabelecer um processo de revisão eficiente, a definição de metas e prioridades estratégicas e o alinhamento com a realidade dos orçamentos e agendas.
Fonte: Nativa News