Manoel Ornellas, que também atua no Tribunal, é investigado por conceder Habeas Corpus a uma quadrilha envolvida com tráfico interestadual de drogas. Sete pessoas haviam sido presas, em janeiro de 2013, cinco delas da mesma família (Pagliuca).
“A pedido do Ministério Público, o Conselho Nacional de Justiça abriu investigação para apurar os fatos envolvendo o habeas corpus que colocou em liberdade os acusados”, afirmou Perri.
Pela manhã, o Ministério Público do Mato Grosso pôs em prática a operação “Assepsia”, que denunciou cinco pessoas, dentre elas, Adalberto Pagliuca Filho, acusado de tentar subornar um assessor do juiz José de Arimateia, responsável por conceder, ou não, mais um habeas corpus em favor da família de investigados.
Segundo o promotor de justiça Arnaldo Justino, apesar de dois envolvidos na operação do MP citarem, nominalmente, o desembargador Pedro Sakamoto como um dos que estivessem recebendo propina para proferir uma decisão favorável ao Pagliucas, não há indícios ou provas de que, efetivamente, o magistrado estivesse envolvido com os crimes.
“O nome do desembargador foi citado. Mas não podemos concluir que, de fato, houve associação com o crime”, disse o promotor.
Na mesma linha, o presidente do Tribunal de Justiça exaltou a cooperação dos magistrados na investigação do Ministério Público. Segundo ele, a apuração dos fatos só começou porque o Juiz José de Arimateia foi ao Ministério Público, denunciando que seu assessor havia sido assediado. Além disso, rechaçou qualquer generalização e má conduta com os demais membros do judiciário de Mato Grosso.
“Cooperamos desde o início com o Ministério Público. O Tribunal esta atuante. E não há qualquer indício de envolvimento dos demais juízes e desembargadores. São casos pontuais”
Por Diego Frederici – Da redação
Fotos: Diego Frederici