Segundo ele, o pai, atraído pela oportunidade de ganhar dinheiro e tirar a família da miséria em que viviam no interior do Maranhão, já tinha vindo para o estado outra duas vezes antes de desaparecer de vez.
“A ultima vez em que ele resolveu voltar para Mato Grosso, foi no ano de 1987. Eu e meus dois irmãos éramos muito pequenos, não nos lembramos de muita coisa, mas sei que ele e minha mães se desentenderam e ele não voltou mais pra casa”, relatou.
Rui entrou em contato com o Olhar Direto à procura de ajuda, na esperança de que com a divulgação da matéria, caso o pai ainda esteja vivo, faça contato e haja o reencontro com ele e os irmãos.
Tão logo Domingos saiu de casa rumo ao sonho do ‘eldorado mato-grossense’, a mãe de Rui, Maria Eunice Lopes de Souza, decepcionada, o deixou com irmãos aos cuidados da avó e mudou-se para Teresina, no Piauí, onde logo casou novamente e construiu outra família.
Rui e os dois irmãos só reencontraram a mãe 13 anos depois, e desde então, ele conta que nasceu a vontade de rever o pai também. “Quero notícias, saber se ele está bem, se ainda está vivo e porque nunca mais nos procurou”, desabafa.
Ele não sabe precisar para que região do estado o pai veio na época, mas um tio ainda vivo conta que Domingos relatava que no local onde trabalhava, faziam a extração do ouro por meio de mergulho.
Atualmente Rui e os irmãos moram em São Luís, Capital do Maranhão. A única recordação que tem do pai é uma foto muito antiga, rasurada, mas que fez questão de digitalizar nos enviar para ajudar nas buscas.
Fonte: Repórter do Araguaia