O Projeto de Emenda a Constituição 37 (PEC 37) prevê uma diminuição do poder de investigação do Ministério Público, fazendo com que as polícias (civil e federal) tenham exclusividade em relação a averiguação de crimes cometidos por pessoas físicas, empresas, políticos e etc.
Para o Procurador Geral de Justiça do Estado do Mato Grosso, Paulo Roberto Jorge do Prado, o projeto é um “atentado a democracia”, pois impede a atividade de todos os órgãos que praticam investigações, e deu um recado aos delegados federais que apoiam a iniciativa do político maranhense.
“Delegados amigos, fiquem atentos. Fiquem espertos. Vocês estão sendo usados para fins de interesses políticos. Daqui para frente, se a PEC for aprovada, será o reino da impunidade. Isto é um ato da ditadura”, dispara o Procurador.
Os integrantes do Ministério, como promotores e assessores, revezavam-se na distribuição de camisetas, bonés e adesivos as pessoas e veículos que ali transitavam. O movimento era pacífico, sem a necessidade da presença de policiais para fazer a segurança do local, ou tirar os manifestantes das vias.
Presente no movimento, o Diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Gilson Romeu da Cunha, explicava aos presentes que a luta para derrubar o projeto não era apenas dos órgãos oficiais, representantes de classe ou grupos organizados civis, mas de toda a sociedade.
“Esta é uma luta de conscientização nacional. Devemos parar esta tentativa de amordaçar o Ministério Público e, além disso, questionar: a quem interessa tirar o poder de investigação de pessoas poderosas?”, indagou Cunha.
Por Diego Frederici – Da redação
Fotos: Diego Frederici