Política

Propaganda enganosa e carreira sucateada

Ainda segundo eles, além de cercear os direitos dos sindicalistas, o Governo do Estado ainda estaria tentando colocar o servidor público contra a sociedade, principalmente quando praticaria "propaganda enganosa" de melhorias salariais aos trabalhadores.
 
“Não é possível aceitar que o governo disponibilize tanto dinheiro para grandes empresas e deixe os seus servidores desamparados. Nós até protocolamos um pedido na Assembleia Legislativa do Estado pedindo que esses incentivos não sejam mais concedidos. Enquanto o Estado renuncia a impostos, também retém a verba sindical, que é descontada diretamente do servidor.
 
Esta verba é privada dos sindicatos e não deveria ser retida para fazer caixa nos cofres públicos”, relatou Gilmar Bruneto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso (Sinterp-MT), durante mais uma reunião do Fórum Sindical na Secretaria de Estado de Administração.
 
Apoiando a fala de Gilmar, a representante do Sindicato dos Servidores do Detran, Veneranda Acosta, solicitou ainda que os repasses sindicais não passem pela conta única do Estado. “Já que o governo recebe o dinheiro diretamente da fonte, os recursos deveriam ser repassados imediatamente aos sindicatos, sem fazer parte de nenhum orçamento fora do previsto”, complementa. 
 
Indiferente à postura contundente dos sindicalistas, o secretário garantiu que os repasses estão em dia e que esses recursos não envolvem a Conta Única. “Somente os repasses disponibilizados pelos servidores aposentados ainda registram atraso”. 
 
Outro ponto bastante polêmico destacado pelos sindicalistas é a falta de transparência no governo e a possível prática de "propaganda enganosa". “Eu não entendo de onde o governo tirou que os professores receberam um aumento salarial de 86%. Assim, esta propaganda é totalmente enganosa e acaba colocando a sociedade contra nós. Na verdade, ainda não tivemos o aumento real necessário. Este valor que foi repassado aos servidores não cobre as perdas salariais”, afirmou Orlando Francisco, representante do Sindicato dos Profissionais da Educação de Mato Grosso (Sintep-MT). 
 
Em resposta ao sindicalista, Faiad, visivelmente irritado, limitou-se a discordar e mudar de assunto rapidamente. Em sua defesa, o secretário preferiu passar para a pauta do MT Saúde, lembrando que após o início da sua gestão o plano reiniciou os atendimentos.  
 
“O MT Saúde já voltou a atender os servidores. Desta forma, estamos fazendo bons progressos, estamos caminhando para transformá-lo em um plano de saúde viável”, declarou o secretário, lembrando ainda que o plano não consegue sobreviver sem os subsídios do governo.
 
 
Por Mayla Miranda – Da redação
Fotos: Diego Frederici

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões