De acordo com ele, os parlamentares têm que se atentar para as condições técnicas do terreno antes de se manifestarem. “A discussão tem que ser mais técnica. Antes de começar, tem que saber o porquê disso o porquê daquilo”.
A decisão do socialista em mudar de local se deve ao fato de obra já ter atingido 22% do aditivo, sem sequer ter começado ainda. De acordo com Mendes, se permitir que
a construção continue ali, é perigoso haver a paralisação da obra mais pra frente.
“Nós temos ali um terreno que apresentou um custo muito alto de fundação. Você iniciaria uma obra com 22% de aditivo, onde o máximo que se pode chegar é 25%. Ou seja, você fica com um limite de 3%, e qualquer probleminha que der na obra, ela para porque não tem como aditivar. Continuar a obra é uma decisão sensata?”, indaga.
O chefe do Executivo Municipal afirma que já fez uma consulta no Ministério da Saúde a respeito da transferência e obteve uma resposta positiva.
“Basta ter justificativa pelo sim ou pelo não. O Ministério da Saúde é amplamente favorável. E se for necessário mudar, nós não hesitaremos em cima de argumentos técnicos. E este sobre o terreno é um fortíssimo”, enfatiza.
Desta forma, o socialista contratou um especialista para fazer um estudo detalhado da área, para apresentar ao Ministério. “Ali tem problemas geológicos. Mandei fazer um estudo técnico com especialistas para embasar nosso argumento”, pontua.
Paralelo a isso, uma equipe da Prefeitura procura outro local para realizar a construção. Cogita-se uma área na avenida das Torres, de propriedade do secretário de Saúde, Kamil Fares (PDT).
De acordo com o pedetista, ele doaria o terreno se for preciso para realizar a construção. Apesar disso, Mendes afirma que nada foi definido ainda.
“Na verdade, vamos fazer um estudo na própria região sul atrás de uma área. Hoje o local que tem é de difícil acesso além de apresentar os problemas com o terreno”.
O questionamento dos vereadores está justamente nesta doação. Eles acreditam que a intenção do secretário é valorizar o seu terreno. “Tem outros motivos por trás dessa transferência. Há segundas intenções”, dispara o vereador Ricardo Saad (PSDB).
Além disso, as parlamentares afirmam que não se pode deixar R$ 500 mil para trás. Mendes, por sua vez, afirma que é melhor perder o que já foi gasto do que começar uma obra que não irá terminar.
“Eu tenho toda a tranquilidade de defender os meus argumentos. Eu não posso prosseguir com a decisão errada só porque já foi gasto um dinheiro lá. E o que gastou lá foram recursos da fonte 100. O Ministério da Saúde não gasta dinheiro com terraplanagem com fundações extra”, explica.
DC