Em 2011, foram detectados 1.162 novos casos de tuberculose no Mato-Grosso, a maior incidência da doença na região Centro-Oeste.
A infectologista do laboratório Cedic Cedilab, Dra. Valéria Paes, explica que a doença é transmitida por meio da inalação de gotículas provenientes de secreções de uma pessoa infectada.
“Quando um portador de tuberculose tosse ou espirra, ou mesmo no próprio ato da respiração, ele dissemina no ar o bacilo responsável por infectar outras pessoas”, adverte. A médica acrescenta que se um familiar for diagnosticado com a doença, todos que moram com ele ou tem contato próximo devem realizar exames, como forma de prevenção ou detecção precoce.
A tuberculose é causada por um bacilo chamado Mycobacterium tuberculosis, que compromete, geralmente, os pulmões. Os principais sintomas da enfermidade são tosse, com um período maior do que três semanas; febre, principalmente no fim da tarde; perda de peso sem explicações; e sudorese noturna.
“A doença pode acometer outros órgãos. Desta forma, os sintomas são específicos para cada parte do corpo. Febre prolongada de origem indeterminada pode ser causada, muitas vezes, pela tuberculose. Então, na dúvida, procure sempre um médico”, esclarece a Dra. Valéria.
Não existem muitos métodos de prevenção para tuberculose, contudo, a infectologista recomenda manter hábitos saudáveis de vida, como uma boa alimentação, já que a baixa imunidade favorece o desenvolvimento da doença.
“A tuberculose é um problema de saúde pública no Brasil. Além disso, é muito difícil prever o contato com pessoas doentes. Por isso, é fundamental manter o sistema imunológico em pleno funcionamento”, explica.
Tratamento
A criação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, pelo Ministério da Saúde, em 1996, implantou a Estratégia de Tratamento Supervisionado recomendada pela OMS. Esta estratégia consiste no fornecimento das medicações e no acompanhamento do uso dos comprimidos por um agente de saúde e permite o efetivo tratamento do paciente e a redução do surgimento de bacilos resistentes aos antibióticos. Essa ação ocorre, principalmente, devido ao grande abandono do tratamento pelos pacientes, pois o período para a cura da doença é muito longo.
“Se o paciente fizer o tratamento adequadamente pelo período de seis meses, a cura é plenamente possível”, finaliza Dra. Valéria.
Diego Frederici – Da Redação
Com informações da Assessoria do Cedic e Cedilab