Os restos mortais foram enviados em um voo que partiu do sudoeste do Equador rumo aos Estados Unidos à meia-noite de segunda-feira (11), segundo a agência AFP.
Os restos do quelônio foram enviados de avião em uma caixa de madeira, fibra de vidro e material isolante, que funciona como uma câmara de frio. Ele chegará congelado ao Museu Americano de História Natural, para um procedimento que durará de oito a nove meses, de acordo com o Parque Nacional de Galápagos (PNG).
Após o embalsamamento, "George Solitário" será enviado de volta a Galápagos, onde será exibido em um museu que vai ser construído no local em que a tartaruga viveu desde 1971, quando foi descoberta.
Necrópsia
O corpo do animal foi protegido de maneira especial depois da necrópsia, para evitar que o congelamento a menos de 50º C afetasse seus tecidos, informou o parque.
O quelônio chegou a ser considerado o último de sua espécie, por isso recebeu o apelido de "solitário". No entanto, um estudo da Universidade de Yale, nos EUA, junto com cientistas do PNG revelou a existência de 17 "parentes" de George – animais que carregam genes da mesma espécie.
Portanto, a morte de George não representou "o fim da espécie de tartarugas-gigantes da Ilha Pinta [em Galápagos], da espécie Chelonoidis abingdonii", afirmou na época o parque em um comunicado à imprensa.
Segundo os cientistas, a descoberta dos "parentes" de George foi o primeiro passo rumo à recuperação desta espécie, por meio de um programa de reprodução e criação em cativeiro.
A morte da tartaruga, por causas naturais, ocorreu após três décadas de esforços para que ela se reproduzisse, o que o transformou em um símbolo da luta pela preservação da fauna.
As tartarugas gigantes podem viver até 180 anos, pesar cerca de 400 quilos e medir 1,80 metro. Além disso, são famosas por haverem inspirado a teoria da evolução por seleção natural, do pesquisador britânico Charles Darwin.
FONTE: PrimeiraHora | GLOBO NATUREZA