O paulista manteve os principais dirigentes da era Teixeira, como Carlos Eugênio Lopes (jurídico), Antonio Osório (financeiro) e Júlio César Avelleda (secretário-geral).
A maior novidade neste período foi a ascensão de Marco Polo del Nero, vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paulista de Futebol. Atualmente, ele é o mais poderoso cartola da entidade. Pré-candidato na eleição do próximo ano, Del Nero negocia com patrocinadores, faz as alianças com as federações e clubes e participa das decisões administrativas.
Ricardo Teixeira ainda é ouvido por Marin. Mesmo depois de renunciar, o ex-presidente manteve salário na CBF. Ele recebeu R$ 120 mil mensais para dar "consultoria" a Marin. No final de janeiro, o atual presidente disse que cortou a remuneração de Teixeira após receber uma carta do ex-cartola abrindo mão do salário. O teor da carta jamais foi divulgado.
Neste primeiro ano no poder, Marin abriu os cofres da entidade. Ele comprou uma nova sede por R$ 70 milhões e começou a reformar a Granja Comary, em Teresópolis.
O cartola também aumentou o repasse para as federações. Atualmente, ele envia R$ 50 mil mensais aos presidentes das entidades. Na época de Teixeira, cada um recebia R$ 30 mil. A eleição da CBF é decidida pelas representantes das federações estaduais e dos 20 clubes da primeira divisão do Brasileiro.
O agrado aos presidentes de federação não para por aí. Em julho, Marin gastou mais de R$ 1 milhão para levar uma comitiva de 20 cartolas para os Jogos de Londres.
Fonte: FOLHA.COM