Segundo relatos repassados pelos próprios universitários, os policiais chegaram a ‘cantar pneu’ nas proximidades das residências.
O caso aconteceu na madrugada de quinta para esta sexta-feira. Alguns estudantes chegaram a procurar o Olhar Direto por volta de 01h30. Com medo, o jovem que efetuou a ligação se identificou apenas como Júnior. “Eles estão aqui na frente de casa e fazendo barulho. Estamos praticamente encurralados aqui”, disse Júnior.
Um dos estudantes que foi atingido por estilhaços de balas disse que está sendo ameaçado constantemente e não pode nem sair de casa. “Eu recebo ligações e estou come medo dos caras [policiais] me pegarem na rua. Eu estou todo machucado, fui ferido 20 vezes e estou todo enfaixado, mas sinto que estão me intimidando”, contou o
universitário.
A suposta coação da madrugada foi informado no Facebook de um dos estudantes da UFMT. “Acho que a coisa está ficando feia, a Rotam tá cantando pneu em frente a casa do aluno”, disse Derkian Sanches, estudante de química.
Os estudantes também estão preparando uma ação contra o Estado devido a ação truculenta da PM. Bruna Matos quebrou a mão durante o confronto. Segundo ela, a bala de borracha foi disparada por um policial que estava a menos de 10 metros de distancia.
“Eu fui atingida por um tiro que foi disparado em menos de 10 ou 5 metros de distancia. Essa bala é pra ser usada em uma distancia mínima de 20 metros. Ao contrário é constatado tortura. Vou acionar o Estado na justiça por que os PMs me torturaram”, desabafou Bruna.
A ferramenta de união dos estudantes está sendo o Facebook. Todos os atos de manifestação, reunião ou até mesmo intimidação, como é o caso desta matéria, está sendo anunciado por lá. Os alunos ainda aguardam uma resposta da PM sobre os tipos de agressões.
Fonte: Olhar Direto