A medida será tomada na quinta por ser a data em que expirava o prazo para que o governo apresentasse um posicionamento num caso que tem arguição marcada para 26 de março, em que será discutida a constitucionalidade de uma lei californiana de 2008, a Proposta 8 .
O governo federal não é parte do processo, e os nove juízes da Suprema Corte não têm a obrigação de seguir este ou qualquer outro dos dezenas de pareceres apresentados no processo por pessoas jurídicas também alheias ao caso, o que inclui empresas, Estados e instituições religiosas.
Embora o parecer governamental não seja decisivo, os grupos de apoio aos homossexuais estavam muito interessados nessa medida. O governo Obama já se posicionou a favor dos direitos dos homossexuais em outro processo que corre na Suprema Corte e que também será arguido em 27 de março.
Trata-se de uma contestação à constitucionalidade de uma parte central da Lei de Defesa do Casamento, uma legislação federal de 1996 que define o matrimônio civil federal como sendo a união entre um homem e uma mulher.
Em fevereiro de 2011, o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse que o governo não defenderia mais essa lei, por entender que ela viola a garantia constitucional de igualdade perante a lei.
No caso da Lei de Defesa do Casamento, o governo diz que os tribunais devem ser cuidadosos ao lidar com leis que tratem gays e lésbicas de forma diferente dos heterossexuais. O governo não chegou a declarar, no entanto, que todas as proibições ao casamento homossexual são inconstitucionais.
Nove Estados e o Distrito de Columbia (Distrito Federal) autorizam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Os nove Estados são: Connecticut, Iowa, Maine, Maryland, Massachusetts, New Hampshire, Nova York, Vermont e Estado de Washington.
O movimento em prol do casamento gay ganhou impulso desde a aprovação da Proposta 8, em 2008, e no ano passado o próprio Obama se pronunciou a favor disso .
FONTE: PrimeiraHora | REUTERS