Mas hoje essas peças de vestuário, que muitas vezes são apontadas como símbolo da opressão feminina, estão cada vez mais raras nas ruas de Cabul, a capital do país.
Comerciantes de burca afirmam que as vendas estão caindo na cidade e levando muitos negócios à falência, seja pelo desinteresse das mulheres ou pela concorrência de peças mais baratas vindas da China.
Até mesmo Bibi Akberi, costureira de burcas, abandonou a vestimenta. Ela conta que, nas primeiras vezes em que saiu à rua sem a burca, se sentiu exposta. Mas se acostumou. Agora, ela se sente sufocada cada vez que usa a peça.
Mas há quem ainda defenda a antiga tradição. Shamsia Hassani, que trabalha como artista de rua, opina que esse tipo de véu é um símbolo de força, e não de submissão.
Shamsia defende que não é o vestuário que impede o avanço as mulheres afegãs, e sim o pensamento por trás dele.
Fonte: FOLHA.COM | BBC BRASIL