Cidades

Sem salários, profissionais da Santa Casa cruzam os braços nesta sexta

Inclusive por falta de repasses do Governo do Estado os profissionais que trabalham na Santa Casa de Misericórdia cruzam os braços nesta sexta-feira, 1º de março, na tentativa de sensibilizar o Estado a pagar os cerca de R$ 400 mil que deve à instituição.

Segundo Dejamir Soares, o drama também atinge outros hospitais que prestam serviços para o SUS como o Santa Helena, Bom Jesus, Hospital Geral e Hospital do Câncer, há mais de três meses sem receber os repasses da saúde. Detalhe: Esse dinheiro já foi pago pelo Governo Federal e não chega na ponta. E, de acordo com o sindicalista, não chega de duas formas: em forma de salários para os trabalhadores e de serviços aos contribuintes que já pagaram seus impostos. Com isso pacientes se amontoam nos hospitais sem resolutividade para seus problemas por conta de falta de material e medicação para tratar doenças com antibióticos, por exemplo, que são caros.

Dejamir foi à Secretaria de Estado de Saúde  buscar explicações para a demora nos repasses e lá foi informado que  a competência de dezembro de 2012 foi fechada somente neste dia dia 27 de fevereiro de 2013 e que talvez no início da próxima semana o dinheiro da Santa Casa seja depositado.

Ao todo, o Estado estaria devendo cerca de 3,6 milhões aos hospitais conveniados. “A SES alega que não tem o dinheiro na mão para pagar porque todo sistema financeiro é refém da Sefaz e aí cabe ao secretário de Saúde bater na porta do secretário de Fazenda, com  pires na mão, para pedir o pagamento de uma duplicata, uma nota fiscal”, relata Dejamir, questionando qual seria o tamanho do rombo nos cofres do Estado porque as estradas estão uma vergonha. “Na semana passada perdemos dois amigos da enfermagem num acidente de ambulância por causa dos buracos na pista e colisão com carreta”, lamenta, observando ainda que pessoas também estão morrendo dentro do Pronto Socorro por causa da falta de medicação específica e as UTIs não tem recursos financeiros para tratar paciente.

“Até quando vamos brincar de tratar as pessoas? Até quando o Ministério Público vai se calar diante desses fatos”, questiona, lembrando que em dezembro passado o Sinpen protocolou uma ação no MPE pedindo de intervenção federal na saúde e até agora nada. “A questão dos outros municípios é pior ou  mais vergonhosa. Estão há 6 meses sem receber recursos do estado”.

Ele garante que os profissionais da saúde já chegaram no limite, porque estão fechando o mês sem dinheiro para colocar comida na casa, numa carência só, grandes profissionais que estão numa verdadeira mendicância. “Cabe ao novo secretário de fazenda arrumar o dinheiro e pagar os hospitais. A situação já está muito ruim, mas vai ficar pior porque na sexta feira agora nos iremos paralisar as atividades da Santa Casa porque nós chegamos no limite”, avisa.

Fonte: TV No Poder

Foto: Reprodução

Redação

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