A primeira partida nessas condições aconteceu na noite desta quarta-feira, na vitória por 2 a 0 ante o Millonarios, da Colômbia.
Em três jogos, deixará de ganhar cerca de R$ 4 milhões, além de desembolsar em torno de R$ 200 mil em despesas para jogar no Pacaembu.
A renda bruta média do clube na Libertadores se aproxima de R$ 2,2 milhões por jogo, segundo Lúcio Blanco, diretor de arrecadação corintiano. Deste total, cerca de 60% vira lucro ao clube.
Se não puder contar com sua torcida em toda a primeira fase (ou três partidas), o clube deixará de arrecadar algo em torno de R$ 4 milhões.
Sem a renda, o Corinthians pagará R$ 27,1 mil à prefeitura pelo aluguel da arena –valor mínimo para jogos à noite e sem torcida estipulado em decreto municipal. Com casa cheia, o clube paga até R$ 74 mil, o teto do aluguel.
E a própria Conmebol poderá deixar de arrecadar R$ 660 mil, pois a entidade sul-americana recebe 10% da renda bruta de todos os jogos da Libertadores. Ou seja, não receberá os R$ 220 mil por jogo a que teria direito.
A Federação Paulista de Futebol, que recebe repasse de 5% da renda bruta, pode deixar de ganhar R$ 330 mil com a punição. E outros 5% da renda bruta são repassados ao INSS.
"Vamos ter apenas prejuízo, pois teremos despesas e nenhuma receita", explicou Blanco. Além do aluguel, o clube também terá gastos com ambulância, controle de doping, policiamento e outras despesas diversas.
O Corinthians enviou sua defesa à Conmebol e a pressiona para antecipar o julgamento do caso.
Fonte: FOLHA.COM