Opinião

Atitude

Encarou e assumiu o problema da nossa saúde pública, mesmo sofrendo cortes de recursos do governo federal; mobilizou a limpeza da cidade priorizando os lugares criadores do mosquitinho da dengue. Não aceitou o absurdo aumento do seu salário, deixando em aberto o exemplo a ser seguido pela valorosa Câmara dos Vereadores, que optou pelo robusto aumento nos seus vencimentos.

Numa cidade pobre como Cuiabá, se o exemplo não vier de cima, adeus legitimidade para governar e legislar.

Ao procurar o governo do Estado para se inserir no preparo da cidade para o maior evento esportivo do planeta Terra, quis dizer, com essa atitude, que não ficaria na janela vendo a banda passar, como na marchinha do Chico Buarque, imortalizada na voz da Nara Leão.

Até então, a prefeitura não participava dos processos decisórios sobre a destruição da cidade para as prometidas obras da FIFA.

Para iniciar o seu trabalho de zelar pelo futuro da nossa cidade, Mauro demonstrou muita habilidade ao trazer para compor o seu secretariado dois ex-diretores da antiga Agência, hoje Secretaria da Copa.

Agora não dependerá mais de informações oficiais do governo do Estado para saber se o cronograma e planejamento das obras estão sendo cumpridos e, o mais importante, se há recurso disponível.

Os repasses do governo federal para Cuiabá minguou. De vez em quando pinga um dinheirinho para o puxadinho do nosso Aeroporto Internacional.

Os empréstimos bancários também não são obedientes aos seus cronogramas.

A prefeitura jamais poderia ficar marginalizada das decisões, pois os reflexos dessas escavações nas avenidas comerciais interferem, inclusive, na arrecadação de impostos do pobre município.

A Copa não será realizada no Estado, para desespero de muitos, e sim, na capital eterna de Mato Grosso.

Esses dois auxiliares, um nas Obras e outro na Secretaria de Esportes, em época de Copa do Mundo, disponibilizarão ao prefeito informações privilegiadas. Assim ele terá condições de entender as várias decisões tomadas pelo Estado, como a mudança do modal BRT, com orçamento já aprovado pelo governo federal, para o caríssimo VLT, de estranha história até hoje não esclarecida.

A Copa é de Cuiabá. A responsabilidade pela cobrança do embelezamento da cidade é dever da prefeitura, que viu o seu território ser esquartejado pelas obras do campo do futebol, alargamento de algumas avenidas e a instalação das trincheiras.

Programado ainda o trajeto do polêmico VLT, cortando todo o centro comercial de Cuiabá e colaterais (Coxipó).

O turista que nos virá visitar precisa encontrar uma cidade bem tratada, com o seu Centro Histórico revitalizado, seus monumentos, pontos turísticos atrativos e as belezas das nossas ruas, becos e ladeiras – com os seus apelidos -, totalmente restaurados.

Para uma arrumadazinha nos teatros, bibliotecas, museus, zoológicos, praças e jardins, a prefeitura deverá cobrar dos organizadores do evento, e colocar-se como parceira.

O turismo externo do nosso município é obrigação dos organizadores da Copa.

Sinceramente, não esperava tanta audácia prematura do prefeito, que elegeu como prioridade máxima do seu mandato resolver o cruciante problema da nossa saúde pública.

Dizem que no primeiro mandato o governante só pensa na sua reeleição, e as manguinhas de fora são para o segundo mandato.

Pelo menos por aqui, nessa espúria reeleição, tem funcionado assim.

Conhecemos melhor os nossos governantes durante o seu segundo mandato.

Acertou na mosca, prefeito! Obras e esportes serão muletas para este período.

Além do acerto administrativo das escolhas, espalhou farofa no tabuleiro político, né?

Só falta ao prefeito perder menos tempo com os políticos e ouvir mais o povo.

Este sabe o caminho das pedras para uma boa administração.

 

Gabriel Novis Neves

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Opinião

Dos Pampas ao Chaco

E, assim, retorno  à querência, campeando recuerdos como diz amúsica da Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul.
Opinião

Um caminho para o sucesso

Os ambientes de trabalho estão cheios de “puxa-sacos”, que acreditam que quem nos promove na carreira é o dono do